A eliminação do Flamengo no Mundial de Clubes rendeu uma série de piadas e brincadeiras por parte de seus rivais em todo o país.
Porém, o resultado coloca em dúvida todo o futebol sul-americano. Um time acostumado a vencer todos os seus adversários dentro da América Latina – exceto o Flu no cenário local -, e que tem dividido com o Palmeiras o protagonismo dos torneios mais importantes do continente, foi técnica, física e emocionalmente superado por um adversário teoricamente inferior.
As eliminações dos sul-americanos neste torneio não têm sido novidade. O abismo técnico entre os clubes de futebol da África e da Ásia em relação ao resto do mundo tem diminuído bastante. Apenas os clubes europeus parecem se manter na hegemonia.
Se para eles foi uma derrota dolorida, imagine como não deveria estar se sentindo a torcida do Fluminense, que foi eliminado do torneio classificatório da Libertadores 2022 e sequer sonhou em disputar este Mundial?
Mas a torcida tricolor prefere seguir no Pollyanismo, comemorando vendas de ingresso, público no estádio e se gabando porque canto de arquibancada ganhou reportagem na TV.
De lançamento de livro financiado com vaquinha a lançamento de camisetas de treino, tudo no Fluminense é comemorado como se fosse um titulo. Menos obviamente um título de verdade em campo. Mas o que importa agora é comemorar a desilusão do clube da dissidência. Ao menos enquanto o Flu não dá vexame empatando com lanterna, tendo mais jogadores em campo.
Desculpem, estou azedo. É o calor, é a soberba que levou ao tombo frente ao Botafogo, é a cara-de-pau de dizer que tudo voltou ao normal porque batemos o fraco Audax. É a raiva de saber que Marrony e Cristiano ainda podem levar o clube à Justiça quando o deixarem.
Não estou preocupado com nenhum Flamengo não. Porque, no fim do ano, eles podem estar mais uma vez ganhando a vaga para o Mundial e a gente comemorando boa campanha no Brasileirão. Ao menos é isso que vem ocorrendo há algum tempo.
Abraços fraternos, meus amigos.