O futebol apresentado pelo Fluminense nos três últimos jogos, principalmente o do meio da semana passada, são incompatíveis com o elenco e o técnico. Taticamente, o time vinha bem. Como a coisa degringola de uma hora para outra? Há derrotas e derrotas.
Contra o América, tenho uma opinião. Inclusive, bate com a da maioria: menosprezo pelo jogo e adversário, ou seja, a classificação estava “garantida”. Ainda mais que, ao final do primeiro tempo, o placar agregado era de 5 x 1. As coisas não funcionam bem assim. O técnico rubro Oliveira Canindé percebeu o futebol enfadonho e descompromissado do adversário e colocou dois jogadores de velocidade. À medida que os gols iam saindo, o América se empolgava e o Fluminense acreditava que a, ainda, larga vantagem seria suficiente até o apito final. Detalhe: o time potiguar ganhou a maioria das divididas. Mau sinal.
Contra o Botafogo, estive no Mané Garrincha e percebi a mesma dificuldade apresentada contra o Coritiba: meio-campo pressionado e pouca movimentação dos jogadores sem a bola. Assim, os meias, responsáveis pela transição da defesa para o ataque ficaram colados na linha de defesa e os atacantes, isolados. Entre eles, uma muralha alvinegra. A saída de Cícero abriu um clarão na intermediária, à frente de Valência e dos zagueiros. Um, dois gols. Até aquele momento, o Botafogo ganhara a maioria das divididas. Mau sinal.
Nos momentos de briga pela bola, percebe-se a determinação em busca do resultado. Geralmente, quando o grau está num nível baixo, ou a soberba tomou conta e os caras estão se achando o “Ó do borogodó”, ou há fatores extracampo. Prefiro acreditar que a questão seja que o sucesso efêmero do começo do campeonato tenha subido à cabeça da turma, apesar de que alguns rumores de atraso de prêmios e de salários saíram em programas esportivos. O segundo motivo, factível, é mais complicado e causa estragos maiores, pois foge da alçada do técnico e dos seus treinamentos e orientações.
Hoje, em Chapecó, e domingo, contra o Sport, no Maracanã, teremos parâmetros para saber se a crise se instalou de vez ou se foi só um momento de instabilidade. Ou de oscilação, como gostam de dizer os “professores”.
Desculpem as elucubrações, mas, atualmente, qualquer coisinha me faz lembrar o final de 2013.
Xô lembranças!
Panorama Tricolor
@PanoramaTri @MauroJacome
Imagem: portal fluminense
Revisão preliminar: Rosa Jácome