Wellington Nem, urgente! (por Marcus Vinicius Caldeira)

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Rafael Sobis é ídolo. E jamais defenestrarei um ídolo.

Foi importante no tetra e ano passado deu sangue quando alguns faziam corpo mole. Já declarou seu amor ao tricolor e sua família toda é tricolor, mesmo ele tendo uma história gloriosa no Inter.

Sóbis dá sangue, é habilidoso, mas não dá mais pra ele como titular. Com ele, o ataque fica muito lento, previsível, ainda mais que jogamos com um centroavante fixo.

O Fluminense é mais importante que Rafael Sóbis.

Ontem, jogamos com menos um, esse menos era Rafael Sobis, e isso explica em parte a derrota. Sóbis deve fazer parte do elenco e entrar na metade do segundo tempo pra lá com o adversário mais cansado. Não mais que isso.

A verdade é que um time que quer ser campeão não pode perder para Criciúma, seja lá ou aqui. Fluminense já perdeu quatro partidas em dez jogos. Ou começa a ganhar e ganhar muito ou dá adeus à disputa do título.

Cristovão, que vinha muito bem, mandou muito mal ontem. Mexeu no meio-campo e entrou com Jean, Cícero, Wagner e Conca. Uma “meiúca” de muita habilidade, ´porém mais frouxa na marcação. Além disso, Wagner jogou muito recuado. O time teve muita posse de bola, mas deu muitos espaços e criou muito pouco. Vou morrer defendendo que o primeiro volante tem que ser de combate, o famoso cincão porrador.

Para completar a péssima noite de Cristovão, ele tirou Walter e manteve o inoperante Rafael Sobis. Além disso, insiste em Kennedy. Fez tudo errado.

Tivemos muita posse de bola e pouco ataque claro para gol. A bola quase nunca chegava em condições para Walter. Mesmo problema do Fred na seleção que, eu espero, que não se repita no Fluminense. É preciso alguém de velocidade encostar no camisa 9 e os laterais cruzarem mais e melhor para o centroavante fixo.

Apesar de não criar nada de útil no ataque, o Fluminense tinha o jogo sob controle. Mas, aí como sempre no campeonato brasileiro, “Sua Senhoria” – o juiz – resolve fazer uma lambança. Paulo Baier tropeça nas próprias pernas, cai na área e o juiz marca penalidade máxima. O próprio converteu. E este pênalti mal marcado influenciou o resultado final do jogo.

O Fluminense voltou do intervalo com Mateus Carvalho no lugar de Walter. E se não fosse pelo seu gol no finalzinho, passaria despercebido no jogo. O Flu tomou o segundo gol numa bola perdida por Sóbis, que terminou sentado no chão, e no contra-ataque saiu o gol do Criciúma. Logo depois, o terceiro. Antes, Cavalieri já tinha salvo um. Nesta altura, o jogo estava perdido.

Cristovão foi pro desespero e sacou Cícero para colocar Kennedy. Minha esperança foi pro brejo de vez. Kennedy é um chute no saco.

Mas como Fluminense é Fluminense, Conca fez um gol e logo em seguida, Mateus Carvalho fez o segundo colocando o time de volta ao jogo e com cinco minutos ainda para terminar, fora os descontos.

Quando acreditamos que poderíamos empatar, o Fluminense recomeça com aquele toque de bola improdutivo e o improdutivo Sóbis pega uma bola no meio de campo e atrasa pro Cavalieri. Quase quebrei a televisão.

Uma noite para esquecer.

Eu, que estava em êxtase por ter ido à final da Copa do Mundo, já estou puto. Se tivéssemos perdido para um São Paulo, Cruzeiro ou Inter, tudo bem. Mas pro Criciúma é imperdoável.

Que o Fluminense defina a contratação de Nem ou de um atacante habilidoso de velocidade, urgente.

E que comece a jogar como se fosse final de campeonato.

Prefiria mil vezes aquele time do Abel que era pressionado, tinha menos posse de bola, mas em um ou dois ataques matava o jogo.

Ainda dá para o penta, mas tem que começar agora.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @mvinicaldeira

Imagem: lancenet/ Fernando Remor/ AGPbanner o espírito da copa

1 Comments

  1. Boa noite. Gostaria por gentileza que dessem os créditos da foto ao fotógrafo que a fez. Fernando Remor/AGP

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