Wellington, um cometa no Planeta Roger (por Heitor Teixeira)

A grande prioridade do Fluminense esse ano é a Libertadores e nosso próximo confronto já está marcado: Cerro Porteño, dia treze de julho no Paraguai. Para esta partida a equipe tricolor já tem dois desfalques confirmados. O primeiro é Nino, que se ausentará dos dois jogos para defender o Brasil nos Jogos olímpicos e o outro será Martinelli, suspenso com o terceiro cartão amarelo.

Hoje a saída do zagueiro preocupa menos, não pelo seu nível, que é um dos maiores do país, mas pela segurança sentida no reserva imediato Manoel. Já o caso do volante é bem mais grave e é triste constatar isso. Na equipe que tem uma geração verdadeiramente “dos sonhos” em sua base, o reserva imediato é Wellington.

Costumo ser contido em minhas colunas na hora de afirmar que algo é absurdo. Guardo essa palavra para momentos como esse. É absurdo que Roger Machado ache que Wellington pode cumprir no campo a mesma função que Martinelli. Um jogador lento, fora de forma e que não consegue cobrir a subida de laterais, não pode ser colocado naquela posição. Essa insanidade prejudica até o próprio jogador, que mesmo com técnica abaixo da crítica, poderia ser melhor aproveitado, como vemos no caso de Caio Paulista.

E o pior de tudo, o que não faltam são alternativas. André foi um dos melhores jogadores no começo do Carioca e merece demais uma chance, Calegari pode ser testado em sua posição de origem, afirmo aqui que cumpriria melhor a função que o pesadão. Esses dois já são uma realidade no profissional, não falo nem de Wallace, Alexsander e do jogador que só serve para o Grupo City: Metinho. Não precisa ter dado dois treinos e nem falar “médios” para perceber que, se nenhuma dessas opções forem experimentadas até lá, o jogo contra o Cerro se tornará um Deus nos acuda.

O momento perfeito para o teste está aí. Neste domingo o Fluminense enfrenta o Fortaleza e terá a ausência de Yago Felipe. Wellington já deu errado contra o Bragantino, que Roger não insista no erro e coloque o menino André para jogar, antes que ele vire mais um “ingrato” e seja tarde demais.

1 Comments

  1. Parabéns pelo texto. Tem veia de escritor, você é fera com as palavras e manda muito bem nas análises. Nelson Rodrigues inspirando nossa geração de tricolores do século XXI.

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