Um clássico da reclamação de torcedores brasileiros, que obviamente querem futebol ofensivo e, se possível, sem ninguém dessa posição em campo.

Mas é possível?

Ocorre o que em nossa equipe?

No nosso nível de competição, que é internacional, nesse ano não.

Há de considerar, como já disse aqui o Junior, que três jogadores dessa origem não representam os três posicionados assim.

No sábado e provavelmente na quinta, só o Wellington jogou assim. Martinelli e Yago foram meias na acepção da palavra, marcando e participando do ciclo ofensivo do time.

Compartimentação da equipe entre quem defende e quem ataca é algo cada vez mais difícil de sustentar hoje em dia. Tão chato quanto um camisa 5 botinudo são esses camisas 10 preguiçosos que vivem absolvidos pelo torcedor romântico e condenados pelos técnicos. Temos um velho já e um projeto disso com 18 anos já dando trabalho com papai.

Dito isso, é claro que o time tem problemas de se ajustar ao esquema e não está no auge físico, para atacar e defender com sete ou oito jogadores o tempo todo. A dispensa do Michel Araújo é um erro num time com esse esquema: ele entraria bem onde jogaram os “volantes” mais à frente, de 10 ou ponta. Como queria o Odair, não dava.

Isso remete a outra situação: o pacote de reforços em cima da hora pode ser uma armadilha para o técnico, rola uma natural pressão pela utilização dos reforços. Já temos os dois veteranos líderes do grupo, imexíveis; a acomodação política no vestiário é difícil.

A solução realista que proponho é dizer a Nenê e Fred: corram à vontade que tem reserva; vai chegar aos 15 do segundo tempo, eu tiro os senhores. Eles se poupando em campo, não darão a intensidade necessária para o esquema funcionar e quem vai pagar a conta é você, Roger. Abre teu olho. ST.