Um tema que passou quase desapercebido, por ocasião da enxurrada de aparições do ocupante momentâneo da presidência do Fluminense FC na última semana, especificamente na entrevista dada ao GE e exibida em texto em sua página de internet, foi a confirmação por parte de Mário acerca da procura por um jogador de meio campo com características defensivas.
Mário respondeu positivamente sobre o interesse do Flu na contratação de Ronaldo da Silva Souza, atleta garimpado pelo Paulista de Jundiaí mas que se transferiu ainda nas categorias de base para o Clube de Regatas, lotado na Gávea bem próximo à Lagoa Rodrigo de Freitas, famosa em textos e músicas e disputas de remo.
O jogador, que trabalhou sob comando de Roger Machado, o treinador, foi requerido por este para integrar o corpo de colaboradores do Fluminense. Mencionado pelos dois como um volantão, nome gourmet para o cabeça-de-área ou Cinco (5), como muito descrito em verso e prosa, seja por poetas, cronistas, escritores amadores e tantos que assim conheceram o amável e traiçoeiro esporte bretão.
Não sei se justa ou injustamente, esta posição representa uma relação de amor e ódio para a torcida do Fluminense nas épocas recentes. Quem não conseguiu amar a elegância sutil de Bobô teve de aprender a tolerar ou aplaudir jogadores como Vampeta, Charles Guerreiro, Roberto Brum, Odair, Marcão, Gilmar Fubá, Sidney, Diego Souza, Preto Casagrande, Fernando (irmão do Carlos Alberto), Fabinho Robocop, (per) Ygor, Wellington Monteiro, Belletti, Edinho, Rodrigo Lindoso, Fábio Braga, Edson, Pierre, Richard, Airton. Cada um que diga qual tolerou e qual aplaudiu.
No elenco atual, temos Hudson, ao qual foi dada a palavra por sua renovação, além da busca por Wellington, indicado pelo Roger, confirmada por si mesmo em entrevista. Como se não bastasse, temos nas categorias de base, porém prontos a jogar, André, Nascimento, Alexsander e Wallace.
Na última coletiva concedida, ao fim da partida contra o Fortaleza em cidade homônima, Roger admitiu – sem querer admitir – que procura por um jogador da posição/função, pois segundo ele André foi um quebra-galho de ocasião e também não parece confiar em seu indicado e protegido, fora de forma, Wellington, que tem o dom.
O que podemos esperar de um planejamento feito desse jeito? E olha que só usei uma posição para exemplificar, posição esta que cada vez perde espaço no futebol mundial, função que deve ser exercida por alguém que tenha mais traquejo com os pés e tenha capacidade de construir em vez de apenas tentar destruir jogadas. Na contramão da tese do professor – de quem? – me pergunto: não seria melhor testar outro treinador para a posição?
Saudações Tricolores e Vitória Sempre!