Você tem coragem, Diniz? (por TTP)

Conde Francisco da Zanzibar, pessoa pela qual tenho grande respeito e carinho, costuma dizer que até para ser covarde é necessário ter coragem.

E é nesta linha que trago minha coluna da semana, fazendo uma pergunta a Fernando Diniz: você tem coragem?

Dias atrás, Diniz teve coragem ao defender o jogador Wellington, mas também teve coragem de substituí-lo do time, colocando Nonato. Aplaudo.

Outra opção corajosa (alguns usariam outros termos) é a realocação de Caio Paulista para a lateral esquerda. O cara que já foi atacante, ponta, auxiliar de lateral e por vezes atuou como uma espécie de “sexto zagueiro” nas mãos de Roger Machado (três batidas na madeira), agora aparece na lateral esquerda com Diniz.

A partir disso, faço um outro desafio ao nosso treinador: tenha coragem de bancar a ideia. Isso mesmo! Caio Paulista na lateral esquerda.

Por que essa minha opinião tão polêmica e que, com certeza, desagrada grande parte dos analistas de futebol muito mais capacitados que eu? Porque já não aguento mais ver em campo Cristiano Silva e Pineida. Chega! Não dá.

O que eu faria então?

Primeiro: a volta de Marcos Felipe ao gol tricolor. Fábio passou do limite da incompetência. Falha grotescamente de formas absurdas em todo jogo. Desculpem os admiradores do goleiro, mas ele está péssimo.

Depois, a manutenção da dupla Nino e Manoel no cento de zaga.

Nas laterais, Samuel Xavier cresceu muito nos últimos jogos e deve seguir titular absoluto, ponto final. Na esquerda, eu manteria Caio Paulista e simplesmente encaminharia a diretoria os dois problemas que ela mesma criou: Pineida, o homem das tatuagens e Cristiano Silva. Que se virem com eles.

Prontamente traria para uma urgente adaptação os garotos Johny e Marcos Pedro. Para as reservas. Seriam os substitutos imediatos de Samuel e Caio. Com a mais rápida substituição de Caio por Marcos Pedro.

A adaptação técnica e física é necessária. As categorias de base ainda têm um degrau de diferença que não deve ser ignorado, e não seria eu a queimar os garotos colocando de uma vez no time, sob o risco de ter a volta dos dois tranqueiras já citados. Para quem duvida disso, é só ver a diferença física que existe entre os profissionais da Série A e B. Então imaginem garotos de 17, 18 anos que atuam em categorias de base.

Com a chegada de Jonhy e a boa fase de Samuel, poderíamos utilizar Calegari no meio. O que daria ainda mais força ao time.

Teríamos André, Yago, Martinelli, Nonato, Ganso, Calegari e até Wellington como última opção. Note que já nem considero Felipe Melo.

Em caso de ausência de Ganso, a entrada de Calegari pode possibilitar o uso de Nonato ou André mais próximos ao ataque. Mas e Nathan? Outro que pode pegar as malas e ir dando adeus. Morto, sem sangue e sem função, que seja devolvido ao seu clube de origem. Como diriam: quem pariu que balance o berço.

No ataque, Cano e Arias (que atua como um quarto homem de meio campo, mas aparecendo bem na frente) e, na vaga de Luis Henrique, John Kennedy ou Matheus Martins.

Nesta última vaga, apesar de considerar JK mais preparado, por mérito, eu tentaria primeiro uma chance para Matheus Martins. Ele atuaria pela esquerda, com Arias podendo cair mais pela direita (tem melhorado muito nesse quesito).

Bigode fica no fim da fila.

Resumo da ópera, o meu time seria: Marcos Felipe, Samuel Xavier (Johny), Nino, Manoel e Caio Paulista (Marcos Pedro); André, Nonato, Ganso (Calegari, Yago, Martinelli e Wellington); Cano, Matheus Martins, Arias (JK, Bigode).

Não agrada a todos, mas cada cabeça uma sentença, não é mesmo?

Boa semana para todos.