– Quem é você? – Pergunta Chico Buarque em sua obra “Noite dos Mascarados”.
– Adivinha, se gosta de mim! – Responde Elis Regina, também tricolor e aniversariante de ontem, fazendo sua companheira de carnaval.
A “Noite dos Mascarados”, em uma análise rasa – pois a genialidade do Chico daquela época se mostrava onde as coisas não eram o que pareciam –, trata de um casal de mascarados, obviamente, que se encontra no Carnaval e fica entre o querer saber quem é o outro e a vontade de fantasiar, já que “amanhã tudo volta ao normal”.
Apenas como curiosidade ou lembrete para alguns donos de certos cartazes, a música foi criada em 1966 para substituir “Tamandaré”, obra vetada pela censura militar.
Mas e o Fluminense com isso? Quando o Cristóvão chegou, armou um time fantástico de se ver jogar. Pudemos até fantasiar que o tricolor era a junção da Alemanha 2014 com a Holanda de 1974. E a fantasia, ou melhor, esse carnaval durou apenas poucas rodadas. A quarta-feira de cinzas chegou e se instalou. Às vezes faz que vai embora, mas logo volta. Seria esse o Flu normal? Parece que com Cristóvão Borges, sim.
Eu olho para o Cristóvão e vejo austeridade, vejo reflexão e seriedade. Durante o jogo, seus olhos parecem analisar tudo sem deixar escapar qualquer detalhe. Então penso em suas ações e percebo que o olhar atento, na verdade é um olhar perdido. Ele simplesmente não sabe o que está fazendo ou o que fazer. Não colocarei os maus resultados apenas em sua conta, mas, de certo, ele é responsável por boa parte.
Talvez devesse ter se mantido como auxiliar e, assim, ser muito reconhecido ao invés de se tornar um técnico malquisto nos clubes onde passou.
A verdade é que, desde que o tal carnaval passou, o Fluminense não treina direito (alô Vivone!), não consegue variar jogada, não surpreende, não marca em cima, não faz contra-ataque e, salvo poucas exceções, quase não joga.
Como eu disse, não colocarei tudo na conta do Cristóvão. Então, o que dizer do Walter? Ele pede espaço, ele faz várias jogadas lindas em treino e quando joga, vira peso morto. Fernando também decepcionou e Jean já não deveria mais ser titular.
Minha paciência se esgota e sobre o nosso time, preciso recorrer novamente à música do Chico.
“Seja você quem for,
Seja o que Deus quiser!”
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Volta Abel?
Ontem (terça-feira), nosso vice de futebol, Mário Bittencourt foi visto almoçando com Abel Braga. A foto se espalhou pelas redes sociais. Seria um prenuncio de sua volta? Eu gostaria. O problema é que seu salário é três vezes o do Cristóvão. Amor à camisa? Patrocinador amigo? A seguir cenas…
ST!
Panorama Tricolor
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#SejasóciodoFlu
Muito bom..