O MOMENTO
Há semanas, a maior prova da força do Fluminense está no respeito que os torcedores adversário têm demonstrado publicamente. O Tricolor voltou a ser um símbolo de encantamento pelo bom futebol praticado, algo que aconteceu raras vezes no século XXI, até mesmo quando conquistamos títulos de grande expressão. É fácil ouvir vascaínos, botafoguenses e rubro-negros elogiando profundamente o time tricolor nas ruas, com loas especiais a Fernando Diniz.
É um momento maravilhoso dentro de campo e que deve ser aproveitado ao máximo. Não sabemos quanto tempo irá durar, mas o desejo coletivo é de longa duração, claro.
Algumas questões merecem reflexão nesta época de maravilhosas vacas gordas.
A participação da torcida, por exemplo.
Desde a redução da pandemia e a liberação das arquibancadas, a torcida do Fluminense tem feito de jogos simplórios espetáculos colossais, com números absolutamente expressivos. Não há uma vírgula a se dizer disso, e quem contestar o fato por achismo soará tão ridículo quanto os panfleteiros políticos do clube, tentando associar a grande fase tricolor a uma administração fabulosa, o que qualquer calouro de faculdade sabe desmentir ao ver os ressalvados balanços tricolores.
E como pode existir tal contraditório? Simples: porque ele sempre existiu. Não somente o Fluminense, mas os corirmãos já cansaram de reunir grandes conquistas com administrações pífias. Dá livros. Os clubes são grandes demais e, em certos momentos, superam até as gestões mais desastradas – o que não necessariamente é o momento tricolor atual, embora exija cuidados.
Dentro de campo, o Fluminense tem dado mostras do que é capaz. Contudo, ainda estamos em abril e para chegar à temporada dos sonhos, vamos precisar de dinheiro, muito dinheiro para poder brigar pelos grandes títulos, bem como manter a equipe que já conta com várias feras na mira de clubes do exterior. Esse é um grande desafio à frente, que não se resolverá com likes comprados, tiktoks ou verborragia oca de anônimos do Facebook, nem usar o argumento rasteiro de que quem critica torce contra. Não é política, mas Matemática.
Até lá, vamos nos deliciando com o futebol esplêndido que o Fluminense tem oferecido em suas atuações. Que assim continue pelo infinito enquanto dure.
O JOGO DE HOJE PELA COPA DO BRASIL
Nesta terça o jogo é tranquilo mas exige seriedade e respeito. A grande vantagem obtida no Maracanã sobre o Paysandu dá conforto ao Flu, mas não direito à acomodação. Todo cuidado é pouco.
ANÔNIMOS EM BUSCA DE AUTOPROMOÇÃO
A democracia da internet infelizmente é contaminada pelo pensamento turvo de alguns limitados, e é por isso que surgem pérolas da imbecilidade como “quem não vai ao estádio não é tricolor”, “quem critica dirigentes torce contra” e outras asneiras, que visam mais a patética autopromoção do que propriamente debater o Fluminense.
Torcendo pelo Flu de boca calada e sem raciocinar muito, ajudariam muito mais.
CHICO BUARQUE DO MUNDO
A estrela do poeta maior brilhou mais uma vez com o recebimento do Prêmio Camões nesta segunda-feira.
É um orgulho saber que Chico estará em meu novo livro, “Fluminense Cotidiano”, já em finalização para o prelo.
PARA CONHECER A HISTÓRIA DA PORTUGUESA CARIOCA
Estou presente.