Mais um jogo em que o Fluminense de Cristóvão Borges apresentou uma evolução do futebol-aleatório para o futebol-planejado. No primeiro caso, conta-se com a individualidade de alguém ou com a insistência da bola aérea ou com a correria sem raciocínio. Grande parte dos nossos técnicos trabalha dessa forma. Inclusive, é disso que o nosso futebol doméstico padece. No sistema planejado, prioriza-se a compactação e a posse de bola.
No Fla x Flu de domingo, e em jogos recentes, o time em campo foi compacto durante os noventa e poucos minutos. Não acontece de um jogador ficar a mais de dez metros de outro. Na transição da defesa para o ataque, há um alargamento maior, ou seja, a distância entre a dupla de zaga e o Fred aumenta, mas esse espaço é preenchido pelos demais jogadores.
No segundo aspecto, a posse de bola, o time do Fluminense ainda está em desenvolvimento. A compactação facilita, mas é necessário maior trabalho com os jogadores. Em vários momentos, em vez de passar para um companheiro livre, opta-se por um lançamento, por uma bola arriscada ou por um toque de efeito. A probabilidade de o adversário tomar a bola é altíssima. Também, velocidade deve ser utilizada de forma inteligente, ou seja, se há jogadores com essa característica ou quando o adversário está aberto. Caso contrário, é preferível fazer a transição com segurança. Fred e Rafael Sóbis não são velozes, portanto, lançá-los para apostar corrida é entregar a bola de graça. No entanto, se o adversário estiver todo avançado, como no segundo gol, na jogada de Walter-Conca-Chiquinho, não há alternativa melhor.
Dentro desse raciocínio, o Diguinho é um exemplo de abusar do toque de efeito em momentos inconvenientes. No Fla x Flu, fez uma boa partida ao lado de Jean, mas entregou bolas perigosas por tentar o mais difícil. Nada que repetidas broncas não resolva.
É de domínio público a dificuldade do Bruno para o cruzamento, no entanto, tem velocidade para chegar ao fundo. Essa qualidade pode ser explorada com o Conca e o Rafael Sóbis se posicionando na risca da grande área para uma bola rolada para trás. Seria unir o útil ao agradável. Sempre que isso é feito, há um arremate ao gol, mas, quando tenta achar o Fred entre os zagueiros, a jogada não se completa.
Passando a página, no próximo fim de semana, uma pedreira: o Grêmio. Da mesma forma como aconteceu no Pacaembu, é fundamental o tricolor pressionar a saída de bola do time de três cores. A posse, também, será outro aspecto para quebrar o ritmo do Grêmio e evitar um bombardeio ao gol de Cavalieri.
Enfim, penso ser esse o caminho. Ao contrário do Renato Gaúcho, o Cristóvão Borges mostra que vê muito futebol.
Panorama Tricolor
@PanoramaTri @MauroJacome
Revisão preliminar: Rosa Jácome
Foto: Superesportes
O Diguinho não faz o mais dificil,ele erra o mai fácil.
Muito boa a análise!
Abs!
Maurão,
Faltou dizer que saiu ontem o adversário da próxima fase na Copa do Brasil. Será o magnífico América-RN, vulgo Mecão.
Os jogos serão depois da Copa do Mundo e daqui para lá muita coisa pode mudar, inclusive: nada.
Aquele abraço!
Se tudo der errado, o Fernando Henrique garantirá a nossa classificação.
Parabéns pelos comentários!!! Penso o mesmo!!!
Obrigado.
Ainda bem, que o Ney Fraco[ou Flanco] não veio pras Laranjeiras, foi para seu lugar, os esgotos da flavela da PP.
SSTT
Esquecera de colocar estas belas imagens, do ano passado, mas que sempre causarão inveja aos 3 clubes de remo do Rio.
Aqui estão:
http://www.ilgiornale.it/video/sport/figli-buffon-giocano-maglia-fluminense-928165.html