Dois tempos iguais e diferentes
Amigos, amigas, conseguimos a classificação, como, em tese, era esperado, mas passamos longe de realizar uma boa partida. Vamos ter que falar muito na escalação inicial de hoje, porque ela é polêmica.
Em primeiro lugar, Samuel Xavier como lateral direito. O balanço de Samuel é melhor que o de Calegari, é mais lateral e dá mais consistência à zaga. Tem feito partidas bem razoáveis e Calegari, ao substituí-lo na segunda etapa, esteve abaixo do razoável.
Pineida, na lateral esquerda, continua me parecendo o melhor de todos. Enquadra-se melhor no jogo de Diniz, porque tem qualidade técnica superior aos demais. O segundo gol é uma boa demonstração, quando Pineida faz passe (não foi só um cruzamento) preciso para Luíz Henrique arrematar de cabeça.
Quanto a Wellington no lugar de Ganso, é óbvio que se trata de um convite para o adversário buscar o domínio. Eu teria entrado com Martinelli, que entrou bem no segundo tempo.
Tirando isso, não tem muito a acrescentar, exceto pelo fato dessa mesma escalação de Wellington ter deixado o Fluminense, apesar de ter quatro meias, limitado no meio de campo, o que nos levou, não só isso, a um primeiro tempo deplorável. Tivemos dois lances ofensivos em toda a primeira etapa, ambos logo no início. O lance em que Luíz Henrique mete bola primorosa para Cano e o gol, numa jogada nitidamente ensaiada.
Tirando isso, foi um show de erros técnicos, capazes de comprometer qualquer proposta tática. É bem verdade que poucas foram as oportunidades criadas pelo adversário, a melhor delas em decorrência de uma falta clara do atleta goiano em David Braz, que, por sua vez, já anda merecendo um banco. Não foi o único a cometer erros técnicos, mas foi quem mais abusou deles.
O Fluminense tentou jogar o Dinizball, mas foi extremamente incompetente na primeira etapa. Melhorou um pouco no início do segundo tempo e rapidamente chegamos ao segundo gol, mesmo sem modificações. Já tínhamos criado jogadas ofensivas e éramos superiores no jogo. O que veio depois foi só o que veio depois.
Diniz vai ter muito trabalho para implementar seu modelo de jogo. Nosso time tem o vício de recuar, principalmente quando fazemos o primeiro gol. Já assimilou que todos têm que participar das ações defensivas, mas tem uma dificuldade enorme de entender que todos precisam participar das ações construtivas e ofensivas.
Vamos ter que conviver com isso, sobretudo quando não tivermos Ganso em campo. Nathan não é o homem para substituí-lo, mas para acompanhá-lo. Só vejo Martinelli como opção para não perdermos o fio da meada, razão pela qual me incomodou a presença de Wellington, não por implicância, mas por questão tática e de conceito de jogo.,
O importante de tudo isso é que conseguimos nossa vaga. O desafio, agora, é pontuar no Brasileiro e, se possível, dependendo das circunstâncias, tentarmos avançar na Sul-americana. Mais importante ainda, é que tenhamos paciência com as dificuldades do time de colocar em prática as ideias de Diniz, embora, na minha opinião, o técnico tenha que escolher melhor suas peças, mesmo levando em conta as circunstâncias de jogo.
Saudações Tricolores!