Sob o lema de vencer ou vencer, o Fluminense se valeu da vantagem construída e formou os cinco a dois no placar agregado, somando os três a dois do Maracanã há três semanas. Valeu demais pela classificação e pelos três milhões de reais em premiação por conquistar a vaga nas oitavas-de-final na Copa Intelbras do Brasil.
O Tigre de Goiânia começou bem seu primeiro tempo. Empurrado por sua apaixonada torcida, tentou demais propor e determinar o jogo, mas foi o Fluminense quem chegou até as redes, em batida de escanteio pelo lado esquerdo. Nathan lança, Nino serve e Cano transborda de alegria o torcedor, um a zero, ainda no início da batalha, colocando dois gols de diferença no montante.
Mas a partir do gol tricolor, quem mandou na partida foi o Vila Nova, que quase chegou a marcar duas vezes dentro da pequena área. Para nossa sorte, perderam suas oportunidades. O Fluminense perdia todas as segundas bolas e teve péssimas saídas de jogo. Imperava a burocracia de ter Wellington escalado por decreto, André mal deslocado de onde poderia contribuir mais, e o time sentiu muito a ausência de Paulo Henrique Ganso, que saiu lesionado da partida contra o Palmeiras no Allianz Park.
O segundo tempo foi quase a repetição da primeira etapa, em que o Fluminense mesmo enterrado na defesa, estacionou um BRT na frente da área. Conseguiu em um contragolpe articular boa jogada pela esquerda, em que Pineida cruzou de pé esquerdo para que Luiz Henrique cumprimentasse, de quase peixinho, para o gol, decretando os dois a zero, cinco a dois que caiaram o sobrado goiano.
A partida desta quarta deflagrou velhos problemas que quiseram camuflar com a conquista do Carioquinha. Um deles é o parco repertório da equipe. Outro, a cascata de que o elenco é maravilhoso. Na verdade, o elenco é muito mal montado e segue, mesmo com o Diniz, tendo a equipe sendo escalada ao sabor das sensibilidades dos negócios da gestão. Espero estar errado.
Agora, com a classificação sentenciada, retornemos nossas atenções ao Brasileirão, competição que iniciamos muito mal. No próximo sábado vamos enfrentar um velho desafeto, Athletico Paranaense, mas que hoje precisamos estar unidos, de olho nas sabotagens da criação da Liga Brasileira de Clubes, a Libra, pois as demais equipes que não as Cinco Irmãs, quatro paulistas e nosso rival da Lagoa, esperam que o Fluminense tenha o protagonismo para brigar por condições mais honestas para os clubes brasileiros de Futebol Associado.
Salve o querido Pavilhão, nossa casa, nosso templo sagrado do futebol, que nesse dia onze de maio, completou cento e três anos e segue abandonado pela gestão. Que um dia possamos recuperar nosso Estádio das Laranjeiras, o Manoel Schwartz, onde sempre vivemos nossas glórias, amém.
Excelentes: Germán Cano, Luiz Henrique e Fábio
Foram bem: André, Pineida e Nathan.
Médios: David Braz, Yago Felipe e Luccas Claro.
Difícil: Nino e Calegari.
Não dá: Wellington e Samuel Xavier.
Sem tempo: Fred, Caio Paulista e Martinelli.