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Tricolores de sangue grená, depois da tempestade, vem a bonança. Semana passada, eliminação vergonhosa para o Avaí na Copa do Brasil. Nesta última quinta, classificação para a final da Taça Rio em cima dos molambos. Nada como um dia após o outro. Porém, torna-se impossível prever o que virá a seguir. Fizemos uma partida impecável contra a Dissidência, merecíamos a vitória (mais um gol anulado irregularmente…) e fomos, sim, superiores durante boa parte do jogo, a despeito dos delírios de Carpegiani & Cia. Logo, é de esperar que a final, contra a quarta força carioca, seja encarada com a mesma seriedade, intensidade e marcação encaixada, certo?
Aí é que o caldo ameaça entornar. O Flamengo entrou claramente de salto alto. Tivemos o mérito de superá-los em garra e raça, e os esmagamos com a força de nossa camisa. Porém, o time do Botafogo é mais ou menos como o nosso. Eles se doam em campo, dão o sangue e até a última gota de suor. Precisaremos equivaler em força e disposição, e manter a pegada até o último minuto. Pela minha visão, a final de hoje será mais difícil do que a semi, e para conseguirmos levar essa taça para nossa linda sala de troféus, teremos que calçar as sandálias da humildade e respeitá-los do início ao fim, entendendo que eles não estão na final por acaso. Somente assim conseguiremos superá-los.
Mas será que isso bastará? No jogo de quinta, tivemos a felicidade de marcar o primeiro gol numa jogada de bola parada (já falei aqui nessa coluna que é a nossa jogada mais forte), e todas as substituições do Abel foram corretas (o que nem sempre acontece). Os jogadores estavam ligados em 220 volts, dividiram todas as bolas, defenderam e atacaram com inteligência e tivemos uma grande exibição do Julio César. Ou seja, tudo o que não fizemos contra o Avaí por inúmeras razões, apresentamos na última partida no Engenhão. O nosso desafio é manter uma constância nas apresentações e no desempenho do Abel à beira do campo.
Qual será o Fluminense contra o Botafogo hoje à tarde? Se tivermos em campo o Flu que enfrentou o Avaí nas duas partidas, que não consegue criar chances efetivas de gol, que não consegue furar o bloqueio defensivo do adversário nos momentos em que ele está em vantagem, que tem um comandante à beira do campo que inventa em vez de fazer o simples, teremos dificuldades. Se, por outro lado, entrar em campo o Fluminense insinuante e gigante, que se joga em todas as divididas, que acredita em todas as bolas perdidas, que evoca toda a sua tradição e a coloca na ponta da chuteira e que tem, na figura do multicampeão Abel, o porto seguro tático para assegurar sempre a melhor substituição na hora do cansaço, a Taça Rio será nossa.
Será um bom embate. Há algum tempo não havia um Clássico Vovô com a importância deste de hoje, muito mais pela necessidade de afirmação de ambas as equipes, sendo remontadas sob imensa pressão por resultados e com poucos recursos, precisando encorpar às portas do Campeonato Brasileiro, do que pelo valor do troféu em si. Sim, quero que o Fluminense ganhe até torneio de porrinha, mas é inegável que o segundo turno não tem mais o mesmo valor que antes. Aquele que ganhar não irá para a final do campeonato. Em vez disso, vai disputar as semifinais do Campeonato Carioca. Não faz qualquer sentido para mim, mas todos assinaram e concordaram com o regulamento. Que venha a taça.
– Curtas
– Henrique Dourado conseguiu a façanha de ser vaiado por ambas as torcidas ao sair de campo. Que fase!
– Mamãe Globo já bateu o martelo: na fase semifinal, seu filhinho joga na quarta-feira em qualquer cenário. E o Fluminense? Joga na quinta-feira em qualquer cenário. Afinal, o que tem mais chances de colocar a água no chope rubro-negro precisa ter um dia a menos de descanso para dar aquela garantida básica. Mengalomania total!
– Pedro Gurivitz, o tricolor que lançou o desafio que fez o pessoal da Fox Sports pagar mico, deixando uma brecha corretamente aproveitada pelo departamento de marketing do Fluminense, fez mais pela imagem do Fluminense do que o Abad em toda a sua gestão. Durante três horas do programa Fox Sports Rádio, tivemos exposição gratuita da camisa do Flu. O rapaz merece uma homenagem justa da diretoria. Essa situação só prova que boas ideias e colaborações podem vir da torcida, de pessoas comuns, não só da “cúpula” tricolor, que está cada vez mais se isolando e ignorando outras vozes que poderiam contribuir muito para nosso crescimento e fortalecimento.
– Fábio Sormani, você não merece a alcunha de jornalista. Ao difamar o Fluminense como “o time do tapetão” (sendo apoiado pelos demais), ironizando a decisão da justiça no caso Scarpa, você demonstra seu caráter patético, de quem quer apenas que o Fluminense se dane. Dr. Pachá, felizmente, colocou-o em seu devido lugar. Eu já sabia que a qualidade do jornalismo da Fox Sports era duvidosa, mas agora ficou cristalina a incorporação à Flapress. E pensar que um dia isso foi exclusividade da Vênus Platinada…
Panorama Tricolor
@PanoramaTri
#JuntosPeloFlu
Imagem: alo