Nessa minha volta às colunas do PANORAMA, desta vez às sextas feiras, venho tratar de um tema importante e muitas vezes minimizado.
Neste sábado, o Fluminense enfrenta o Vasco da Gama pelo Campeonato Carioca, em partida que vale a liderança da competição. Mais do que isso, o confronto pode marcar a única vez em todo o ano em que o time das Laranjeiras enfrentará o rival da Colina histórica, já que o mesmo irá disputar pela quinta vez em sua história a segunda divisão do Campeonato Brasileiro.
Apesar dos fatores citados, o grande foco de grande parte da torcida tricolor já está no jogo de terça-feira contra o Millonarios da Colômbia. Isso é natural, visto que a Libertadores é o torneio mais valorizado da América do Sul e trata-se de uma decisão, mas não pode ofuscar a importância da partida anterior.
É evidente que a fisiologia dos jogadores deve ser respeitada, não há a menor necessidade de forçar a atuação de atletas de mais idade que deveriam ser poupados. O que está sendo considerado é a postura que deve ser adotada: o Fluminense PRECISA entrar nesse jogo como se fosse uma decisão, como tem atuado em praticamente todos os clássicos nos últimos anos. Mesmo com jogadores considerados reservas, (alguns são melhores que os ditos titulares) a diferença entre os elencos, um de série B e outro de Libertadores, não pode ser ignorada. É jogo para lavar a alma de torcedores que anseiam por essa vitória, assim como anseiam por um título há quase dez anos.
Todo esse comentário sobre a importância do clássico vale também para a competição como um todo: o Campeonato Carioca pode estar esvaziado, com transmissão de qualidade duvidosa e vários outros problemas, mas ainda é a única competição do ano em que o Fluminense entra a quatro jogos de ser campeão e isso não pode ser ignorado.
Que o Tricolor das Laranjeiras saiba lidar com as duas competições, para que ganhar clássicos continue uma rotina na vida do torcedor.