No momento, brigamos de fato na parte de baixo da tabela. Para ser mais exato, estamos a apenas dois pontos da zona de rebaixamento.
É bem verdade que, tirando os quatro primeiros, as outras equipes têm se revezado na zona intermediária e a diferença de pontos entre elas é mínima. Por isso mesmo, uma sequência de duas, três vitórias é fundamental. O salto na tabela seria grande.
Poderíamos estar comemorando hoje situação semelhante; não tivemos melhor sorte com o Inter graças, em grande parte, à mexida infeliz de nosso treinador. O jogo estava igual e a vitória era possível.
Ontem, novamente, Luxemburgo (representado pela figura de Júnior Lopes) fez substituições questionáveis. Não só pela opção tática em si, mas também pelo fato de queimar as três mudanças no intervalo de jogo.
Mas será que havia motivo para tamanho desespero? Afinal, era uma manobra arriscada, levando-se em conta o perigo de eventuais expulsões ou lesões.
Rhayner não estava realmente jogando nada, Igor Julião não se encontrava em noite inspirada e Biro Biro também não vinha repetindo as últimas atuações mas, de cara, não achei muito prudente trocar três de uma só vez.
Até concordo que houve alguma melhora, mesmo porque o time precisava correr atrás do resultado. Diguinho entrou com vontade e pelo menos não comprometeu, o que já é muito vindo dele. Samuel não conseguiu aproveitar as poucas oportunidades que teve e, assim como Sóbis, sentiu falta de um jogador de velocidade e mais driblador, como é o caso de Biro Biro e Marcos Júnior, por exemplo.
No fim das contas, que quem entrou melhor foi mesmo Felipe, que melhorou sensivelmente a qualidade dos passes e conseguiu iniciar algumas jogadas.
No mais, foi um jogo medíocre. Os dois times muito desorganizados no primeiro tempo, que foi decidido, sintomaticamente, num lance de bola parada. Aliás, adivinha quem estava “marcando” o zagueiro Cris no lance do gol? Pois é, nosso inacreditável camisa 5.
Fora o gol, teve uma bola do Vasco desviada pelo excelente Kléver para o travessão e um chute á queima-roupa de Wagner, também bem defendida por Diogo Silva. E foi só.
No segundo, o Flu foi pro abafa, mas não foi efetivo. Pessoalmente, acho que nosso treinador se precipitou ao retirar Biro Biro; como falei acima, faltou um jogador com suas características.
Mas não dá pra inventar muito; o clube acabou se desfazendo de jogadores importantes ao longo da temporada e não se preocupou em reforçar setores reconhecidamente carentes como a defesa.
É importante agora, por um lado, ter cautela para não queimar os mais jovens e, por outro, ter atitude para barrar quem estiver jogando mal, deixando assim de insistir em determinados jogadores que, por algum estranho motivo, gozam de prestígio incomum nesse time.
É o que temos pra hoje…
Panorama Tricolor
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Imagem: zerohora