Depois de alguns dias de preparação em Mangaratiba, o Fluminense entra na reta final para o Brasileiro. É fundamental começar com vitória. Não só porque joga em casa, mas um tropeço coloca uma pressão logo de cara. Em seguida, pega Atlético, Corinthians e Flamengo. Só pedreira. Não podemos esquecer que Ricardo Drubscky não é um Abel, um Muricy, um Tite, ou seja, o prazo de validade (ou de paciência) é muito curto.
Até o momento, duas contratações interessantes: Pierre e Antônio Carlos. Nota-se a preocupação com o sistema defensivo. Entendo que muita gente torceu o nariz quando soube da chegada do volante. Eu gostei. Tenho em mente o Pierre campeão da Libertadores. Em 2013, Ronaldinho e Bernard tinham liberdade num esquema de muita movimentação ofensiva e Pierre estava sempre entre a linha de zaga e o meio-campo avançado segurando o contra-ataque adversário. Leonardo Silva e Réver podiam subir à frente nas bolas paradas porque Pierre fazia a deles. Com Edson e Jean, que gostam de subir ao ataque sem se preocupar com os contra-ataques, Pierre dará mais segurança ao sistema de Ricardo Drubscky.
Quanto ao zagueiro Antônio Carlos, prefiro me reservar algumas rodadas de observação. Ali é mais complicado. Primeiro, a definição do seu companheiro: Gum ou Marlon. Depois, tem toda uma questão de posicionamento e de entrosamento. Mas acredito que entrará e dará mais qualidade ao sistema defensivo.
Por fim, tem Magno Alves. Se vier, poderá ser um bom companheiro de Fred. Kenedy cresceu, mas ainda precisa de mais quilometragem. Magno Alves, mesmo com toda a sua idade, tem tudo para se dar bem no ataque tricolor. Outros tempos, quando o nível do futebol brasileiro era bem superior, a contratação do atacante do Ceará não seria bem-vinda, no entanto, hoje, o Magnata tem condições de formar uma dupla forte com Fred.
Brasília
Na segunda rodada, 17 de maio, está quase tudo certo para o Fluminense vir a Brasília enfrentar o Atlético Mineiro. O Galo tem que cumprir punição e escolheu o Mané Garrincha para mandar seu jogo. Sorte para os tricolores da Capital Federal.
E tomara que o time dê uma alegria aos brasilienses, pois nos dois últimos jogos aqui decepcionou: perdeu para o rebaixado Botafogo e empatou com o também rebaixado Bahia.
Chega de estadual
Muito tempo perdido com isso. O interessante é a opinião de quem chega às finais. Todos cantando de galo. Na final, lotam os estádios e esquecem todas as arquibancadas vazias das rodadas que antecederam a meia-dúzia de jogos decisivos. Esquecem, também, todas as barbaridades cometidas pelas Federações. “Se meu time ganha, nada mais importa”… Mesmo que o caminho para o buraco esteja cada vez mais pavimentado.
Independentemente da qualidade e das mazelas, a gente acompanha. Ossos do ofício. E vou chutar aqui os meus favoritos. De baixo para cima:
Rio Grande do Sul: no Beira-Rio, dá Internacional. Felipão já era.
Santa Catarina: Joinville.
Paraná: Coritiba vai virar heroicamente.
São Paulo: Palmeiras, porque quem dança por último, dança melhor.
Rio de Janeiro: Vasco, com show do Guiñazu. Meu Deus!
Minas Gerais: o Galo de Varginha.
Bahia: o Vitória da Conquista o título.
Pernambuco: o Salgueiro foi longe demais. Será o quarto título do Santa Cruz em cinco anos.
Ceará: o Fortaleza se aproveitará da ressaca do Ceará com a Copa do Nordeste.
Goiás: ninguém vai aparecer na frente do Verdão.
Enfim, mais uma semana e começará a verdadeira temporada…
Panorama Tricolor
@PanoramaTri @MauroJacome
Imagem: bibliodontoufmg.wordpress.com
Estaduais já definidos:
Gama campeão no DF
América campeão no RN