Ontem, o Fluminense apresentou oficialmente o início de sua nova parceria. Sim, parceria. Não é apenas fornecimento de material esportivo. A Under Armour possui duas décadas de existência e já está consolidada nos EUA. Busca seu espaço no Brasil, aonde chegou há pouco menos de dois anos, mas trazendo sua já reconhecida qualidade.
No clube de três cores do estado vizinho, apoiaram no marketing, fizeram teasers, vídeos de bastidores e costumam incluir imagens de partidas deles nos vídeos de apresentação da marca, como foi inclusive apresentado na manhã de ontem.
A Under Armour fornecerá, a partir de 21 de julho de 2017, os uniformes de todas as modalidades do clube, desde o futsal, categorias de base, futebol profissional até os esportes olímpicos, em contrato válido por três anos.
Na Superliga Feminina de Vôlei 2017/2018, veremos Sassá, Eva Chantava e companhia vestindo Under Armour. Na Copa São Paulo de Futebol Júnior de 2018, veremos os Moleques de Xerém vestindo Under Armour. E isso é fantástico.
O percentual de royalties será o maior da história do clube. Fazendo alguns cálculos, o Fluminense ganhará, no cenário mais pessimista possível, R$ 7 milhões em royalties de vendas de camisas por ano. Isso se mantiver a média histórica em quantidade. O que eu tenho a sensação que será superado e poderá chegar a um valor equivalente ao de um patrocínio master.
Ainda, a cereja do bolo: enquanto o atual contrato vigorar, teremos exclusividade com a marca no estado do Rio de Janeiro. Ou seja, nada de listras horizontais rubro-negras, nem verticais ou diagonais alvinegras, tampouco cruzes de nome indefinido ao lado do logotipo da nossa nova parceira.
Em vistas de expansão no futebol, os americanos já miram o atual campeão mundial, o Real Madrid. Estamos com uma parceira de valores semelhantes ao Fluminense de sempre: pensando grande e com espírito de luta.
Por fim, que a união dure e o Tricolor se fortaleça ainda mais.
P.S.: Na última sexta, fiquei estupefato com a notícia informando que a justiça determinou que os clássicos do Rio passarão a ter torcida única. É a última pá de cal para aquilo que conhecemos como futebol na Cidade Maravilhosa.
Como se já não bastasse um enorme pacote de medidas para alijar o torcedor das arquibancadas, desde manter o Maracanã fechado por vários anos ao longo de mais de uma década, descaracterizá-lo e transformá-lo numa arena própria do higienismo que permeia o ideário dos decisores em prol do “futebol moderno” (na pior acepção da palavra), até abandoná-lo às intempéries e à sorte de saqueadores.
Tal medida não trará absolutamente nenhum ganho prático e já se mostrou inócua fora e dentro do Brasil. Por exemplo, mesmo se já vigorasse há algumas semanas, não evitaria o brutal espancamento do tricolor Pedro Scudieri, a 40 quilômetros da praça do jogo, que nem clássico era. A propósito, o jovem permanece em recuperação. Enfim, que a estapafúrdia batida de martelo não vingue.
Panorama Tricolor
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