O áudio de Fernando Veiga, vazado na imprensa na semana que passou, apenas evidenciou a grave crise política e econômica por que passa o Fluminense, cujos indícios já vinham chapiscando a trajetória Tricolor da temporada há tempos. Embora a atual Administração do futebol do Fluminense não possa se esquivar de parte da responsabilidade pelo legado catastrófico deixado pelo antecessor Peter Siemsen, porque também integrou a gestão passada e aprovou suas contas, o atual momento não deve ser de lavagem de roupa suja e apuração de culpas.
O Flu tem uma difícil missão pela frente, que é livrar-se, mais uma vez, do fantasma do rebaixamento. Conflitos internos e o desamparo do torcedor podem fulminar o objetivo Tricolor e lançá-lo no fundo do poço, algo que nenhum Tricolor deveria desejar, mesmo que isso implique, também, chafurdar a gestão Abad na lama.
Independentemente de quem esteja no comando do clube, o Fluminense é mais que isso, mais do que qualquer presidente ou vice-presidente. Abandonar o time nos estádios, ou simplesmente cancelar o sócio-torcedor não significará qualquer ato de rebeldia contra a atual Administração, mas um golpe de morte contra o próprio Flu.
Crise, mau futebol, ausência do torcedor e penúria financeira é uma equação destrutiva que não pode se fechar e, se o time vai mal das pernas, o torcedor não pode contribuir abandonando o clube à própria sorte.
Urge salvar o Fluminense, cada um fazendo o que pode, e, após, aí sim, que sejam cobradas as responsabilidades.
A primeira grande batalha será contra o Flamengo, num jogo em que, do jeito que vão as coisas, o favoritismo está todo do lado de lá, embora também não vivam grande fase. Portanto, a perspectiva de vitória é mínima. E é aí que se deve fazer a diferença. Quem sabe o apoio do torcedor não possa, de alguma forma, fazer reverter esse mau prognóstico? Uma vitória não esperada é tudo de que precisamos nesse momento.
De toda a sorte, mesmo que não ocorra contra o rival carioca, é imprescindível que não se desista de alcançá-la nas partidas vindouras, sobretudo dentro de casa. Abel precisará fazer ver a seus comandados que cada jogo será uma batalha absolutamente decisiva, onde somente a vitória interessa. E o torcedor deverá contribuir com sua presença e apoio.
Como eu disse, não se deve confundir quem gere o Fluminense com o próprio Fluminense. Agir contra o homem, neste momento, é agir contra a instituição. Salvando-se o Flu, depois será necessária uma apuração rigorosa de responsabilidades, cobranças e o que mais for pertinente, a fim de que 2018 seja um ano muito melhor que este.
Unamo-nos pelo Fluminense.
Panorama Tricolor
@PanoramaTri @FFleury
Imagem: f2
o mais interesante disso tudo é a cara de pau de muita gente no Fluminense. o que é a oposição do clube? a turma que há um ano e meio estava no clube, na gestão. meu time é grande demais para ser dividido pela patotinha de Mario. do celso, nem precisa dizer, tá preocupado eé em n~çao ser preso
Fleury, sempre acompanho o seu trabalho por aqui. Parabéns pela lucidez. ST
ST**** Felipe
Assim como 2009 e 2013, mais uma vez a Torcida Tricolor convoca-se a ela própria para suster o clube. Isto porque o Fluminense somos nós.
Essa Torcida combalida por três décadas de brilhos fugazes que pobremente espelham Nosso Fulgor.
Quando a lealdade muitos confundem com masoquismo e o que nos orgulha é fonte de aborrecimento e irritação…
O vazamento do áudio não foi um tiro no pé. Quem o fêz possue outros interesses que não os do Tricolor, pois muito nos…
… prejudicou como instituição aos olhos públicos e como repositório para investimentos do mercado.
Daí concluir que os interesses de muita gente nas Laranjeiras não são necessariamente os da Torcida e muito menos os do Tricolor.
Entretanto, isso da apuração rigorosa de responsabilidades, não creio.
Não só foram coniventes com a gestão danosa anterior como participaram dela. Mentiram ao longo da campanha eleitoral. Aprovaram contas, enfim, de quem tanto acusam e responsabilizam.
Bem.
Eu estou esperando vitoria!
1 X 0!
Gol do Gum de Cabeça.
ST