Três de abril de 1983.
Uma crise, crise grave.
Fluminense eliminado do Campeonato Brasileiro na segunda fase, perdendo a vaga para Goiás e Náutico no grupo P.
Lendo a análise do Jornal do Brasil, a curiosidade é anida maior. Aldo: não criou coisa alguma. Branco: perdeu grande parte do duelo. Paulo Victor, Duilio, Deley e Wilsinho foram bem. Mas de nada adiantava: o Tricolor estava ridiculamente eliminado, veria em breve o rival ganhar o título nacional e as expectativas para o resto da temporada eram as mais brochantes possíveis.
Paulo Victor, Aldo, Duílio, Branco, Deley.
Jandir não jogou mas já era do clube.
Um time fracassado.
Enquanto isso, no grupo O, estava classificado em segundo lugar o time do Atlético Paranaense.
Em três de abril de 1983, só a torcida paranaense havia ouvido falar de uma dupla de atacantes negros, esguios, que não tinham até então grande repercussão no mundo do futebol: Assis e Washington.
O Fluminense saiu do Brasileirão pela porta dos fundos. Sem dinheiro, sem time, sem esperanças.
A torcida protestava e muito, ainda que fosse muito diferente do atual formato, receptivo a manadas eletrônicas
Mais um ano de fracassos…
Exatos 89 dias depois, em dois de julho de 1983, o Fluminense voltava à disputa, estreando no Campeonato Carioca diante do São Cristóvão, um time com vários craques veteranos. Venceu por 3 a 0.
Era o começo de uma grande história tricolor, que três meses antes não poderia ter sido prevista nem pelo mais otimista dos torcedores.
Em futebol, a distância entre fracasso e glória pode surgir num estalo. O contrário também.
Hoje, o Fluminense causa desgosto a muitos torcedores.
Pelo campo, pelos bastidores, pelo ódio estúpido entre torcedores, alimentado por oportunistas torpes em busca de emprego no clube.
Nunca foi tão parecido com abril de 1983.
Resta sonhar com uma redenção três meses depois.
Quem sabe amanhã não vai ser outro dia?
Panorama Tricolor
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Imagem: pan