Alívio na quinta-feira por não passar um mês na zona de rebaixamento. O problema com Luciano, que pode ou não ser desfeito. O temor pela perda de jogadores sem reposição neste intervalo da Copa América. A expectativa por bons ventos nas Laranjeiras que ainda não chegaram depois das eleições. O Fluminense tem muitos paradoxos e peculiaridades; nós, torcedores, começaremos a desvendá-las com o tempo. Por enquanto é esperar que os novos dirigentes comecem a arrumar uma casa muito bagunçada.

É evidente que o novo comando tricolor não pode ser imediatamente culpado pelas sandices das administrações anteriores. Num cenário caótico de finanças, toda desestabilização é nefasta. Portanto, aos que se opuseram aos atuais eleitos, cabe a responsabilidade de não repetir a cólera podre dos oposicionistas de 2017. Também não dá para falar de planejamento num clube que, há anos, troca e destroca suas peças em pleno voo – ou até mesmo na hora da decolagem.

No entanto, o cenário de terra arrasada nas Laranjeiras não é surpresa para ninguém, especialmente para quem já esteve por dentro de gestões anteriores. Os atuais dirigentes – que não têm nada de novos na parada – sabem muito bem o retrato na parede que lhes esperava. Prometeram grandeza, opulência, um Fluminense diferente dos últimos anos para melhor, e não vão poder contar com a paciência da torcida se não mostrarem a que vieram. Em suma: a pedra virou vidraça. O jogo agora é outro.

Os tricolores mais realistas declararam satisfação caso o Fluminense se mantenha na primeira divisão. Outros, mais otimistas, acreditam em vida longa na Copa Sul-Americana e numa recuperação no Brasileirão. Endosso a segunda corrente, desde que o Fluminense navegue dentro das CNTP (condições naturais de temperatura e pressão), o que significa paz na política, responsabilidade nas contas e manutenção do elenco com os salários voltando a ter meses de 30 dias.

Em julho, o Fluminense fará várias partidas consecutivas no Maracanã. Poderá avançar no certame continental e reagir no nacional. A torcida precisa fazer sua parte nessa hora. Por sua vez, os dirigentes vão precisar mostrar serviço sem demora.

Se cabe uma sugestão, que o alto comando se mantenha alheio a papagaios de pirata eleitorais, panfletagem blogueira de quinta categoria e outros personagens caricatos da atmosfera do clube, que podem até ter conseguido votos mas que entendem tanto de futebol quanto de fissão nuclear. O diálogo aberto com a torcida é desejável: evita atravessadores oportunistas e mostra uma mudança dos rumos anteriores.

No campo? Mantendo o elenco, deixando Diniz trabalhar e não tendo arroubos de boleiragem oca, já ajuda bastante. O time de masters vai bem em Brasília, obrigado.

E que venha o novo Flu.

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Nesta terça-feira (18/06) lançarei meu 14o livro sobre o Fluminense, intitulado “Fla-Flu: o jogo que nunca termina”, falando sobre o maior clássico do futebol mundial. O lançamento será no Sebo X (Praça Tiradentes, 9/ sala 611 – Centro RJ), das 16 às 20 horas.

Na ocasião, também autografarei a trilogia Roda Viva e meus livros fora do cenário do futebol, todos com desconto no preço.

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Paraguai x Catar no Maracanã vazio e ingressos a 120 reais. Depois querem que dê certo…

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O PANORAMA entra em regime light durante a Copa América, com postagens facultativas mas sempre de olho no que for relevante para o Fluzão.

Muito obrigado a todos pela força.

Panorama Tricolor

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