Cristóvão Borges mandou o time a campo com algumas alterações. Guilherme Mattis, Chiquinho, Edson e Walter entraram para tentar a mudança de postura exigida pela torcida.
A zaga com Guilherme Mattis teve dificuldades com as jogadas rápidas do Criciúma, principalmente, de Lucca. Também, a falta de entrosamento complicou o sistema defensivo. Chiquinho tentou ser opção pelos lados do campo. Conseguiu um ou outro lance, mas, no geral, fracassou. Edson tem bom poder de marcação, mas ficou sobrecarregado, pois os demais meio-campistas não se aproximaram para auxiliar na marcação. Walter, completamente fora de forma, fez um primeiro tempo horroroso, errando todos os passes, mas, ao voltar do intervalo, acabou com o jogo no começo do segundo tempo. Três lances que resultaram em dois gols e, se Walter tivesse mais atento, teriam sido três.
Primeiro Tempo
O Criciúma entrou com a intenção de não deixar o Fluminense jogar. Marcou forte a saída de bola. Jean, Conca e Wagner ficaram presos dentro do meio-campo congestionado. Chiquinho, pela esquerda, tentou dar alternativa. Pela direita, Bruno buscou espaços, mas sua dificuldade no apoio impediu a criação de jogadas de fundo.
A partir dos 25’, o Fluminense deu mais velocidade nas trocas de passes e devolveu o Criciúma para o seu próprio campo. O domínio durou 5 minutos e o Criciúma voltou a ocupar melhor os espaços. Fez, inclusive, um gol, inexplicavelmente anulado. A intranquilidade tomou conta do time do Fluminense. Uma avalanche de passes errados e as tentativas de ataque eram interrompidas com facilidade pelo time do Criciúma.
Aos 45’, gol do Criciúma. Lucca cobrou falta da intermediária e quatro jogadores entraram, sozinhos, na cara de Cavalieri. Falha terrível de posicionamento e de atenção da zaga tricolor.
No minuto seguinte, aconteceu o empate numa jogada de sorte: Walter cruzou mal, o zagueiro catarinense cortou errado, o goleiro foi mole na bola. Wagner, oportunista, fez boa leitura do lance e tocou para o gol vazio.
O primeiro tempo do Fluminense foi muito ruim. Time disperso, sem muito interesse, deixou-se dominar pelo Criciúma. O empate logo em seguida ao gol do Criciúma deu um alívio à torcida, porque virar o primeiro tempo em desvantagem causaria grandes problemas na etapa complementar.
Segundo Tempo
Antes que se tivesse noção de como seria a postura do Fluminense, veio a virada logo aos 5’: Guilherme Mattis fez um excelente lançamento, Walter ajeitou de cabeça para Fred. Wagner recebeu de bandeja e fuzilou.
As coisas ficaram mais claras. Os jogadores tricolores se soltaram e se movimentaram. A bola corria solta. Aos 8’, Walter lançou Fred, que deixou para Wagner, que bobeou. Aos 10’, Walter chutou de primeira, o goleiro soltou e Conca, rápido, tocou por baixo do goleiro. 3 x 1.
O jogo estava eletrizante e o Fluminense chegou bem em outras oportunidades, mas por volta dos 23’, a zaga fez uma linha de impedimento errada, Bruno marcou a bola, Lucca arrancou, driblou e bateu alto. 3 x 2. O Fluminense degringolou. A intranquilidade voltou com força e o empate ficou iminente. O time não conseguiu mais sair para o jogo. Pressão do Tigre e a bola passando perto do gol do Cavalieri inúmeras vezes.
Somente aos 35’ o Fluminense conseguiu sair para o campo de ataque. E ficou por lá. Numa bola cruzada, o zagueiro deu uma gravata no Fred. O árbitro, de pronto, apontou para a marca da cal. O artilheiro foi para a cobrança e… bola para uma lado, goleiro para o outro. 4 x 2 e ufa! ufa!
De repente, o time se apagou novamente e permitiu o Criciúma ter a posse de bola. No entanto, o cansaço tomava conta de todos e ninguém conseguiu mais nada.
Ao contrário do primeiro tempo, o Fluminense acordou e fez uma excelente partida nos primeiros 20 minutos. Nesse período, abriu boa vantagem. Walter, que fez péssimo primeiro tempo, comandou a vitória tricolor. Isso é muito bom, pois se torna uma boa alternativa para o ataque e para preparação das jogadas para quem vem de trás.
Panorama Tricolor
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Imagem: globoesporte.com