Que semana está sendo essa, tricolores?
Vou me permitir ser franca, franquíssima.
Primeiro, após mais de um ano e meio o Fluminense se reencontra com a sua torcida, no Maracanã.
Em uma atuação que não considero a mais sofrível do ano, aliás, longe disso, o Flu caiu diante de um Fortaleza bem treinado, bem-organizado e muito confiante. O mesmo Juan Pablo Vojvoda (por sinal, que nome horrível de se pronunciar), que já havia desbancado o Fluminense na Sul-Americana de 2020, quando treinava o Unión La Calera, agora desbancou a série invicta do Marcão.
No seu retorno ao Fluminense havia sido sete jogos sob o seu comando, com cinco vitórias e dois empates. Até que veio o último jogo, contra o Fortaleza.
O Fluminense perdeu para um dos melhores esquemas do Brasileirão. Não vejo nenhum desastre nesse resultado, honestamente.
Vejo outros desastres.
Vejo desastre nas filas que se formaram nos vários eventos de protocolo anti Covid 19.
Vejo desastre na falta de protocolo durante o jogo, com vários torcedores tricolores, sem máscara, aglomerados.
Vejo desastre no não aproveitamento de John Kennedy no time principal, uma vez que o garoto está com rendimento excepcional na equipe sub-20 do Fluminense. Aliás, não há lógica digerível nisso.
Vejo desastre na crítica ao direito que a torcida tem de se manifestar nas arquibancadas, até porque, como já disse o nobre Edgard FC, “Há muitas vaias acumuladas”. E não é, definitivamente, à torcida que as críticas devem ser desferidas. Pessoalmente, não vaio o Fluminense, nunca. Mas o direito da torcida à essa manifestação é inegociável.
Vejo desastre no discurso de que o objetivo do Fluminense em 2021 é buscar uma vaga na Libertadores, estando ainda em jogo 45 pontos possíveis para o time.
Vejo desastre, por fim, na falta de foco do clube, cujos objetivos no ano não combinam com a sua grandiosidade.
Agora, se perder para o também organizado Atlético Clube Goianiense, com opções viáveis no banco ou mesmo fora dele, aí vejo desastre!
Um abraço muito apertado ao meu Nordeste, região do país onde fui forjada, de onde carrego o sotaque e a cultura cotidiana, região onde estão painha e mainha. Viva o dia do nordestino!