Prezado leitor,
Seis pontos conquistados. Liderança mantida.
Ansiedade aumentando.
Seria nossa vez depois de 26 anos?
Primeiro passo: estar presente. Graças ao meu cunhado, foi possível. E a ironia: comprou os nossos ingressos na Gávea…
Óbvio que levou para benzer, para tirar os maus fluidos do local.
Chega domingo. Tinha marcado com meu irmão de almoçar com ele e mamãe na casa dela. De lá, iríamos para o Engenhão.
Almoço inesquecível degustado, partiu estádio.
Deixamos o carro no shopping próximo e fomos andando. A cada passo andado, a cada rua atravessada, um misto de ansiedade e tensão aumentava. E a quantidade de torcedores também.
Entramos e ficamos na última fileira da parte inferior leste, se não me engano.
Aquela atmosfera de que era o dia tomava conta da cidade.
E começa o jogo.
O adversário, Guarani de Campinas, era o mais fraco dos três últimos adversários. Já rebaixado, mas nem isso era garantia de jogo fácil. E não foi.
O time não achava o jogo ideal. Esbarrava na vontade de resolver logo. E isto estava atrapalhando.
O drama começa. E com ele a ameaça de um gol adversário, que chegou perto de acontecer.
Além de olhar o nosso jogo, tínhamos que ficar atentos com os resultados dos adversários diretos.
Mas só dependia de nós o título. E ele veio.
Em una jogada da qual nunca esquecerei: aquele cruzamento, daquele leve toque do Washington e do chute do Émerson por debaixo das pernas do goleiro.
Foi o êxtase!
O tempo passava e esperávamos a hora de acabar um jejum.
Simon, em sua última partida, dá o apito final.
É CAMPEÃO!
Aquela comemoração que simplesmente lavou a alma (São Pedro fez a parte dele, mas exagerou um pouco).
Lembro-me de que eu, meu irmão e meus cunhados caminharmos na volta para o shopping. Colocamos a faixa de campeão no boneco do posto!
O Fluminense era o campeão nacional. Simplesmente o melhor do Brasil, um ano após contrariar a ciência.
Lá se foram dez anos. Quem sabe um dia meu filho tenha a mesma alegria que eu tive naquelas três semanas mágicas…
Saudações
Sempre
Tricolores