Três é demais: a realidade tricolor (por Paulo Rocha)

A classificação tricolor às semifinais da Copa Libertadores da América pode até ser obtida na noite desta quinta-feira, no Equador. Afinal de contas, o futebol é imprevisível e por isso mesmo, apaixonante. Mas que o Fluminense não possui elenco para disputar três competições simultâneas, ah, isso não há como negar.

Ano passado, quando conseguiu vaga na mais importante competição continental após terminar o Campeonato Brasileiro na quinta colocação e ser ajudado pelo Palmeiras (que conquistou Libertadores e Copa do Brasil, abrindo uma vaga), o Fluminense fora eliminado cedo de outras competições. Por isso, mesmo com um elenco apenas mediano, obteve sucesso, pois pôde dedicar-se somente ao Brasileirão.

Odair Hellmann e posteriormente Marcão conseguiram bom rendimento da equipe devido ao tempo que dispuseram para treinamento e descanso dos jogadores. Coisa que Roger Machado não tem. Para se disputar três competições de ponta ao mesmo tempo é preciso ter um elenco e tanto. Coisa que não possuímos.

Portanto, se o Tricolor – sem Caio Paulista e Gabriel Teixeira – não passar pelo Barcelona de Guayaquil, a torcida não deve encarar como o fim do mundo. Tudo bem, queremos muito o título da Libertadores, mas podem vir coisas boas após a eliminação. Quem sabe conquistar a Copa do Brasil e não passar vergonha no Brasileiro…

Mas o principal “benefício” seria a saída de Roger do comando. Não conseguiu dar padrão tático a uma equipe que tinha uma forma de jogar no ano passado. Não mexe com os brios dos jogadores e passa uma impressão de superioridade da qual a galera tricolor está de saco cheio. Ganhou o quê como treinador? Campeonato Mineiro? Baiano?

Apesar disso, estarei diante da TV torcendo ardorosamente pela nossa classificação. Mesmo sabendo que, se passarmos, enfrentaremos o Flamengo na semifinal. E não temos medo deles; basta estarmos com nosso espírito preparado. Um espírito guerreiro do qual estamos sentido saudades. Mas que pode ressurgir quando menos esperarmos.

1 Comments

  1. Concordo em número gênero e grau. Infelizmente o time é a conta do chá mesmo assim às vezes ainda é difícil.

    Forte abraço

Comments are closed.