O comando do departamento de futebol do Fluminense, leia-se Mario Bittencourt e Fernando Simone, mantém, reiteradamente, a estratégia de investir em treinadores de baixo custo e qualidade pra lá de duvidosa.
No começo, a desculpa foi a saída da Unimed, a perda do poder financeiro e a aposta no “bom, bonito e barato”.
Para ser sincero, nunca acreditei nesse pretexto. As milionárias renovações dos contratos de Fred, Wagner, Jean e Cavalieri, por exemplo, não permitiram. Havia dinheiro, certamente não oriundo de uma torneira que o despejava de forma tão profusa nas Laranjeiras, mas ele existia.
E ainda houve a contratação estapafúrdia de Ronaldinho Gaúcho, outro desbarato da atual administração.
Para a atual temporada, nomes como Diego Souza e Henrique, cujos salários atingem somas elevadas, além de outros tantos que, mesmo imerecedores das vultosas quantias que recebem, continuam onerando os cofres do clube e oferecendo muito pouco ou nenhum retorno, são a prova cabal de que o Fluminense, em regra, gasta muito e gasta mal nas suas contratações.
Não questiono, evidentemente, as acertadas renovações de contrato ao fim da parceria com a Unimed, que deram fôlego suficiente para que o Fluminense suportasse o complicado ano que se avizinhava.
Nem é meu propósito avaliar o acerto e desacerto de cada contratação posterior. Via de regra foram apostas que, diante da nova realidade financeira do clube, deveriam ter sido feitas. Algumas funcionaram por um tempo, outras por tempo nenhum.
A questão que se põe é: se havia dinheiro para contratar jogadores, por que não se considerou a hipótese de trazer um nome experimentado e vitorioso para treinador da equipe?
Um técnico à altura do Fluminense não seria garantia de que desse certo. Muitos não deram, aqui e em outros clubes, mas isso daria ao torcedor a certeza de que haveria independência no comando técnico da equipe.
Talvez seja essa a palavra chave: independência. Cristóvão, Drubscky, Enderson e Eduardo Baptista são treinadores pouco experimentados, sem currículo e que tiveram e ainda têm (Baptista), no comando do Flu, a oportunidade de ouro de suas vidas. Garantir seus empregos, portanto, deve ter sido a primeira meta que traçaram ao aceitarem trabalhar no Tricolor.
Devo imaginar, porém, que na mente desses desprestigiados treinadores, a garantia de emprego passa invariavelmente pela subserviência.
Talvez tenha sido essa subserviência, essa dependência, que os trouxe e os manteve no Fluminense, mesmo após pífios resultados. Critério reiteradamente repetido, num equívoco atrás do outro, desde Cristóvão até Eduardo, não se sabendo se essa cadeia irá ainda mais longe.
Diante da cúpula do futebol tricolor, o acatamento irrestrito às suas ordens, mesmo inúmeras vezes equivocadas, além, é claro, do respeito às ponderações do líder da equipe, Fred, tenha sido preponderante para se criar um perfil adequado de treinador para o Fluminense atual.
Um perfil adequado ao pensamento da diretoria e ultrajante a todos nós torcedores.
Um clube da grandeza do Fluminense não pode se submeter a títeres travestidos de treinadores que aceitam a interferência de terceiros nas suas funções. Não há outra explicação, senão a de se ter no cargo um manipulável, as contratações dos nomes anteriormente citados.
Todos têm exatamente o mesmo perfil: pouca experiência, pouco currículo e exacerbada docilidade.
Eduardo Baptista é o fantoche atual. O Fluminense, sob o seu comando, tem um desempenho risível de mais de vinte jogos e apenas seis vitórias, sendo apenas uma na atual temporada. Um desempenho que não se coaduna nem mesmo com treinador de Bacaxás da vida.
Mesmo assim, contudo, continua firme e forte à frente do time, garantido pela soberba daquele para quem o ano de 2015 foi positivo.
Já disse em outros momentos que o senhor Eduardo Baptista não deveria nem mesmo ter pisado nas Laranjeiras para a temporada 2016. Foi um erro crasso de planejamento, um erro que ainda não foi corrigido porque a vaidade de quem manda no clube não permite, porque “dar o braço a torcer” seria o reconhecimento da incapacidade profissional desses gestores.
Será demitido em breve, logo após o próximo vexame que, espero, não ocorra contra o arquirrival em 21 de fevereiro. Que vá antes e nos poupe da galhofa e que vão também, se ainda houver hombridade, os administradores que tantos malfeitos causaram ao Fluminense nos últimos anos.
Assim, ainda poderemos sonhar com um departamento técnico profissional, eficiente e dedicado ao Fluminense, que contrate um treinador à altura do clube e não mais um fantoche. Dessa forma, quem sabe, o ano que se vislumbra sombrio possa ser iluminado pelas mentes e corações de verdadeiros tricolores, proporcionando a todos nós a esperança de dias melhores.
Panorama Tricolor
@PanoramaTri @FFleury
Imagem: ff/pra
A obsessão desse pessoal em defender os atos da atual gestão é impressionante.
3 jogos pra ver do que E B é realmente feito.
ST
Eu acho engraçado alguns comentários. Se vc não está satisfeito com o atual técnico, liste os que gostaria que fosse o treinador. Só malhar quem está no clube é injusto. Aliás, falar em treinadores experientes, o Abel, que já foi campeão da Libertadores e Mundial, foi esculachado e escorraçado pela “brilhante” torcida do Flu. A verdade é uma só. Técnico bom é o que ganha campeonatos. Aí ele é bestial. Se não conseguir, é burro. Faça uma lista dos bons, com os seus respectivos salários.
Concordo plenamente com o José Roberto. Malhar é fácil, o difícil é propor algo. O atual técnico foi destaque no brasileirão pelo Sport e é uma aposta viável e, a princípio, passível de sucesso. Esses técnicos medalhões ditos “experientes” só sabem exigir salários milionários e muitos só fazem o que a Diretoria manda. O autor deveria fazer a lista dos técnicos bons e viáveis para o Flu na sua opinião e aí demonstrar o o custo-benefício de cada um.
Parabéns Felipe,além de fantoche acrescento a ela a falta de brilho nos olhos,ou melhor sangue nos olhos,visto que para ele a Vitória parece não importar.O cara fica mudo à beira do campo assistindo passivamente os teus comandados,atitude digna de quem esta em uma arquibancada assistindo a uma final de Rolland Garros.Fora Eduardo,fora diretoria incompetente.
Fantoches! Esta é a questão. Agora, não podemos nos iludir achando que isto é resultado de incompetência. Não é. Faz parte de um projeto deliberado. Está a serviço do “negócio”.