A crise técnica no futebol brasileiro é espantosa. Aliás, do futebol sul-americano. E não estou falando da qualidade técnica dos jogadores, que merece um capítulo à parte. Falo da qualidade dos técnicos de futebol no Brasil.
A conhecida revista inglesa FourFourTwo publicou recentemente a lista dos 50 melhores treinadores de futebol do mundo. A Europa domina a lista. É arrasador. Apenas 3 treinadores dos 50 listados não atuam na Europa.
Inglaterra, Itália, Espanha, França e Alemanha dominam a qualidade técnica dos treinadores de futebol mundial.
A superioridade se apresenta na estrutura física dos estádios, nos gramados, nos locais de treinamento. Se apresenta também no condicionamento físico dos jogadores. Mas é na qualidade técnica dos treinadores que as diferenças se impõem com maior vultuosidade.
Jogadores que saem do Brasil com scores medianos de aproveitamento, são alçados à condição de craques em pouco tempo.
O que ocorre?
A estrutura, o preparo, a qualidade técnica e a cultura de avanço e inovação dos treinadores. Trata-se de uma escola de futebol de alta performance, onde se busca formação teórica e conceitual contínua, mesclada com a audácia necessária para impor variações táticas em campo, oriundas de uma boa e velha técnica de pesquisa: a observação do material humano disponível e do adversário a ser enfrentado.
Diante dos avanços do futebol Europeu, o Brasil estabilizou na mediocridade.
Talentos “natos” foram enquadrados em esquemas pseudo inteligentes. Digo “natos” em que pese eu não gostar do termo porque o que há de nato ou “natural” é forjado na cultura brasileira de meninos e meninas que jogam bola na rua, desde a mais tenra infância. Se até eu joguei e arranquei cabeça de dedo nos paralelepípedos da rua Epitácio Pessoa, na pequenina Sumé/PB, imagine o potencial que esse país dispõe com milhões de crianças e adolescentes praticando o esporte mais amado de ponta a ponta do território?
A formação técnica dos treinadores brasileiros, quando há, é arcaica e conservadora. A cultura do “futebol de resultado”, da tática defensiva mal e porcamente armada, dos esquemas abomináveis que retiram dos talentos a possibilidade de jogar futebol em bom nível, vem ganhando a guerra no Brasil. É o famoso futebol roda presa, insuportável de ser visto.
Roger, finalmente demitido do Fluminense, é representante dessa escola. Roger é previsível, conservador, medroso, técnico de um esquema só, em detrimento da qualidade técnica ou do talento “nato” de vários jogadores.
A crise técnica e a mediocridade dos treinadores brasileiros realmente espantam. O problema é: indo ao mercado, no Brasil, quem está fora desse modelo medíocre, irritante e assassino do talento brasileiro para jogar bola? Honestamente, não vejo ninguém.
Miremos a Europa como cultura de formação e que venha uma nova geração técnica no Brasil.
Fonte: GE: CLIQUE AQUI.
Na maioria dos jogos que assisto pela TV, imagino que, se estivesse no estádio, iria à bilheteria pedir de volta o valor do ingresso. Muitos times tem UMA finalização a cada jogo, ou nenhuma! Quando finalizam, a bola vai para o alto das arquibancadas. Como podem fazer gol se não conseguem chutar no espaço entre as traves? E jogam mais na direção contrária, parece que se esquecem onde está o gol adversário. A quantidade de bolas perdidas a lateral, porque não conseguem matar a bola, o bê a bá do futebol… Também, com o estado dos gramados, a bola quica como um tijolo. Nenhum atacante sabe…
Não sabia de sua verve em futebol e não só brasileiro, mas internacional.
Sabia que és torcedora do Fluminense, mas é culpa minha não saber não saber de seu conhecimento sobre o futebol, pois isto se deve ao meu “machismo envergonhado” e aí não se atribui a mulher saber de futebol.
Você ao longo do texto, esmiuça a decadência do futebol brasileiro, a começar pelo papel dos “treinadores tupiniquins” e toda uma estrutura futebolística deficiente daqui.
Agora é preciso ver que se o futebol foi inventado na Inglaterra, no fim do século 19, ele foi realmente reinventado no…