Bastou eu elogiar Marcos Felipe, e elevá-lo ao posto de melhor goleiro atuando no Brasil, para ele falhar na Libertadores. Digo, supostamente falhar, porque a cabeçada foi muito próxima e muito forte. O gramado molhado ainda deu velocidade a bola. Certo é que o gol saiu, independente de falha ou não. Aliás, os gols.
Pois o Fluminense conseguiu sofrer dois gols em casa e deixar o Barcelona em grande vantagem.
O segundo gol saiu de uma falta bisonha do olímpico Nino dentro da área, que resultou em pênalti para os equatorianos.
A vantagem só não foi maior, porque também em penalidade sofrida por Abel Hernández, Fred deixou tudo igual: empate por 2 a 2 no fim.
No geral, o time até mostrou uma movimentação que empolgou a torcida, principalmente no início da segunda etapa, porém perdeu muitas chances e errou fundamentos básicos.
Os gols sofridos vieram de decisões individuais ruins. Um passe errado de Lucas Claro que resultou na jogada do gol e o pênalti de Nino.
Para sermos justos, o primeiro gol do Fluminense também saiu por causa de uma falha da defesa do Barcelona e o segundo, a penalidade convertida por Fred.
Os dois times fizeram uma partida equilibrada. Pior para o Fluminense que sofreu dois gols em casa.
Na partida de volta basta ao Barcelona um empate sem gols ou até por 1 a 1 que estará classificado.
Como num empate em 3 a 3 é praticamente impossível, para o Tricolor a vitória é o caminho mais fácil. Difícil é vencer, jogando tão mal.
Além do esquema de Roger não ter nada que possibilite uma mudança de rumo, seja na escalação ou durante as partidas, jogadores como Nenê, Cazares, Egídio e outros não estão correspondendo aos altos salários que recebem, dignos da realidade paralela que é futebol.
Como desgraça pouca é bobagem, como diria a minha avó (que não dizia isso mas a gente costuma crer que a fala ganha mais importância se for creditada a uma avó), nós ainda fomos sorteados para encarar o Atlético Mineiro na Copa do Brasil, e estamos bem perto da zona da degola no Brasileirão. Uma derrota para o Internacional (aquele que venceu o All Star Soccer da Gávea por quatro tentos a zero) pode nos colocar em lençóis ainda piores do que já estamos.
Se você leu até aqui, pode estar pensando uma coisa ou outra: que essa é a realidade, ou que eu simplesmente estou “torcendo contra”.
E quero lhe dizer com toda tranquilidade que sua maneira de interpretar diz muito mais sobre você do que sobre essa coluna.
Voto online, vacinas para todos (sommelier por último na fila) e vamos que vamos.