Tricolores, chegou a hora de esquecermos de vez a edição do Campeonato Carioca deste ano. Não porque a perdemos, claro, mas sim porque não vale a pena ficarmos remoendo a perda de um torneio que não acrescenta em nada caso o ganhemos ou não. É bom vencer os rivais? Sim, principalmente um aí que exala soberba e prepotência aos quatro ventos. Isso vale a pena. Contudo, o fato de termos perdido para o Fla na quarta passada não significa muito: já éramos campeões moralmente, o que vale muito mais, além de termos logrado a Taça Rio. Jogamos em desvantagem física, o que não é novidade – aliás, por que será que a FERJ marcou as duas finais dentro de poucos dias, sabendo que o Flu foi o time que honrou as medidas sanitárias e, por isso, foi o último time a voltar a treinar? Estranho, né? Parece que tudo é pensado antes. Bom, como disse, esqueçamos isso e tratemos de pensar nas emulações que nos restam: o Campeonato Brasileiro e a Copa do Brasil.
Antes de analisa-las, há uma verdade que serve para todas: para disputá-las, o elenco precisa, sim, ser reforçado. E, quando falo em reforços, não é só em trazer bons jogadores, mas sim em se livrar de alguns que em nada somam – leia-se alguns dos que Odair lançou desesperadamente no último Fla-Flu.
Com referência ao Campeonato Brasileiro, sabemos que ele é, seguramente, o torneio mais desgastante de todos, e não só pelo alto número de rodadas – trinta e oito no total –, mas sim pelas inúmeras viagens que são feitas, às vezes, em pouco tempo. Por consequência, os times que dispõem de elencos com atletas que têm talento análogo se saem melhor, por conseguirem alternar os jogadores tranquilamente – o que não é o caso do Fluminense, que por sinal precisa, urgentemente, fortalecer seu lado esquerdo, setor mais carente no momento. Não sabemos qual será o dia em que estrearemos no BR, entretanto, o adversário já é certo: o Grêmio. O local, idem: será no Sul. Com o time atual, não creio que haja perigo em relação ao rebaixamento; no entanto, fazendo alguns reforços, dá pra sonhar, sim, em granjear uma vaga para a Libertadores. E nada melhor do que dar um bom pontapé inicial nessa trajetória, vencendo o tricolor gaúcho logo na primeira rodada.
Quanto à Copa do Brasil, o Fluminense precisa olhá-la, a valer, como a meta a ser atingida neste ano de 2020. É uma competição na qual temos deixado a desejar ultimamente e que é de vital importância para o Flu, uma vez que a premiação para o campeão é altíssima, além de render uma vaga pra Libertadores. Espero que, quando dar-se a partida de volta contra o Figueirense, nossa postura seja diferente do jogo de ida – que ocorreu antes da paralisação do futebol –, afinal, trata-la com carinho será fundamental, até porque, se conseguirmos ganha-la, supriremos um pouco do tempo que perdemos nessa década.
O Fluminense precisa lutar por essa conquista, em razão da torcida já estar enfadada de ilusões nos campeonatos, lutas infindáveis contra o rebaixamento ano a ano, bem como ter só 2010 e 2012 como os últimos anos de glórias do Flu. Sei que não é fácil, mas não é impossível. Vencendo a Copa do BR, o Flu pelo menos poderá dizer que não ficou somente brigando contra o rebaixamento depois do fim da parceria com a Unimed, e que sim conseguiu vencer uma competição almejada por todos os clubes.
Ainda dá para salvar o ano de 2020 e um pouco da década, Fluminense. Basta fazer tudo direitinho que somos capazes de chegar lá.
Confiemos na força da nossa camisa, que poderá mover o Flu a nos dar alguma alegria em meio a tanta tristeza que vem fazendo-se presente.
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Mais uma vez, registro aqui os meus sentimentos por todxs que passam por momentos difíceis atualmente devido a pandemia. Nunca é demais e repetitivo oferecer carinho e solidariedade.
Fiquem bem. Não era pra ter futebol neste momento, mas, como fizeram ele voltar, precisamos especular o que pode estar por vir.
É isso. Abraços em todxs. Saudações tricolores.
Panorama Tricolor
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