Neste próximo final de semana começa a temporada 13/14 do campeonato inglês. Ultimamente é o futebol que mais tem me agradado. Corrido, disputado, campos maravilhosos, torcidas fanáticas, estádios lotados. Junto a ele, começam as duas copas, a Copa da Liga Inglesa e a FA Cup, duas copas disputadas por times de várias divisões, de forma parecida com a atual Copa do Brasil. Fora a Uefa Champions League e a Copa da Uefa. Toneladas de jogos. Muitas vezes assisto a jogos ingleses quase a semana toda, pois quando há rodada de meio de semana, sempre algum jogo é puxado para antes e outro para depois dos principais dias da rodada, sábados e quartas. Lembro de um sábado que teve quatro jogos seguidos. Todos transmitidos ao vivo. Quase um dia inteiro de diversão.
Até um tempo atrás, toda a rodada do campeonato italiano ocorria simultaneamente, com apenas um jogo noturno. Isso condenava o torcedor a assistir a no máximo dois jogos por rodada. Hoje ainda há jogos simultâneos – até porque não dá pra espalhar tanto assim os jogos – mas o torcedor que paga um pay per view assiste boa parte dos jogos.
E no Brasil? Quem paga, assiste a quatro jogos, no máximo, por rodada. Fazemos ainda o que a Itália já encerrou. Com horários flexíveis, o aficcionado por futebol pode ver vários jogos.
Domingo passado, ninguém entendeu o horário do Fla-Flu, distinto do normal dos clássicos – este horroroso 18:30. Às 16h, o almoço de dia dos pais provavelmente não havia terminado, ou se havia, não dava mais tempo de ir ao Maracanã. Ingresso na hora? Esqueça! O que nos anos 70 era fácil para 150 mil pessoas, hoje é problema para 20 mil. Ou seja, o objetivo era mesmo “incentivar” a venda do pay per view, mantendo as pessoas na frente da TV. E esvaziando os estádios. Grande amigo, flamenguista, sequer sabia do horário do jogo. Foi avisado por mim.
Coloquem qualquer dos jogos do fim de semana a preços populares (30, 40, até 50 reais). Vai lotar. O povo ama futebol. Mas como disse semana passada, ninguém paga 100 reais pra ver jogos dos outros.
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Da mesma forma que um vinho nacional não deveria custar mais caro que vinhos estrangeiros, é inconcebível o preço das camisas dos nossos times. Camisas de times estrangeiros e seleções são às vezes mais baratos. Como apaixonar um moleque por seu time se ele ganhar uma camisa do Real Madrid? Nossos empresários esportivos não enxergam isso?
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Não há nada de polêmico no que disse Alex sobre a Globo, semana passada. Não há nada mais pernicioso para o futebol do que o horário de 21:50 forçado pela emissora. Ninguém aguenta. Até em casa é tarde para quem trabalha cedo no dia seguinte.
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Por último, o sensacional vídeo de abertura do programa (e das transmissões) da liga inglesa. Um show de transições mostrando os escudos de todos os clubes
http://www.youtube.com/watch?v=0iMeFpQtYtQ
A Música é Fire, do Kasabian.
Zeh Augusto Catalano
Panorama Tricolor
@PanoramaTri
Imagem: divulgação Barclay’s Premier League
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