1.

Mais um jogo desse decadente campeonato estadual, promovido por uma federação presidida por um pústula – Rubens Lopes – e comandada por um mafioso, o presidente do Vasco. Mais um jogo em que o mando é do Fluminense e este não pode jogar no Maracanã, estádio que o Tricolor tem contrato por 35 anos. Mais um jogo com meia dúzia de loucos e abnegados na arquibancada. Até quando?

Não querendo saber disso, o novo treinador Ricardo Drubscky mandou a mesma escalação do jogo anterior e a ideal para esse elenco. O único senão é que o Gum está fora de forma e não aguentou o ritmo. Mas, por ora, o time é esse: 4-2-3-1 com a escalação que foi a campo hoje.

Porém, urge corrigir alguns problemas que persistem na equipe e de novo foram evidenciados hoje. Primeiro, é preciso compactar esse time. As linhas jogam muito distantes uma das outras e a equipe se recompõe lenta demais. Isso é uma uva para os adversários que encontram espaços para nos atacar.

Segundo, a defesa precisa parar de jogar em linha. Isso vem desde o Cristóvão e não mudou agora com o Ricardo.

Por fim, é preciso acertar o posicionamento dos volantes. Para mim, jogam adiantados demais e não dão a proteção necessária à zaga.

Por causa da soma desses fatores, tomamos um susto inicial com o Barra Mansa abrindo o marcador, em um ataque onde encontrou muita facilidade para tocar a bola, principalmente em cima de um Gum claudicante.

Mas se o time está mal atrás, na frente o quarteto ofensivo formado por Wagner, Gerson, Kenedy e Fred funciona muito bem. Tanto que o time logo empatou o jogo, com Fred escorando um escanteio. E logo fez a virada, após ótima tabela de Giovanni com Wagner (o melhor do jogo), onde o lateral esquerdo cruzou no peito do Kenedy, que fez o dever de casa certinho: dominou com estilo e chutou para o fundo da rede.

No segundo tempo, Gum deixou o campo e foi substituído por Vitor Oliveira, que fez o dever de casa.

Até o Fluminense conseguir fazer seu terceiro gol com Fred de cabeça, foi um susto atrás do outro por conta dos problemas que falei em seguida.  Kenedy deixara o campo com câimbras e fora substituído por Marlone; o time se reequilibrou no jogo e fez o terceiro e o quarto gols, este com Gerson.

No final, o Barra Mansa foi premiado com um gol de uma jogada bem trabalhada.

A vitória foi importante e até justa pela melhor qualidade do Fluminense, mas urge que nosso treinador tenha um olhar crítico sobre o jogo e corrija estes problemas na zaga e no meio.

2.

Na próxima terça-feira, será votado o orçamento do clube para 2015.

Mais uma vez o Conselho Diretor do clube faz um orçamento conservador, prevendo um déficit de 39 milhões para 2015. É muito estranho a gente aprovar um déficit. Ou seja, teoricamente estamos dizendo que vamos gastar mais do que arrecadar.

Mas primeiro temos que levar em consideração que boa parte das despesas são por conta de pagamento do Ato Trabalhista, acordos como Refis etc. para pagar dívidas geradas por gestões incompetentes do passado, principalmente a anterior a essa. Além disso, entendo que é melhor que se jogue a realidade para a torcida e para os associados do que ficar mascarando o orçamento para gerar um superávit que pode ser irreal. O orçamento mostra a realidade do clube e, apesar de apontar um déficit, aponta que no futebol o fluxo atual não está deficitário e que estamos pagando as dívidas.

Além disso, não foram contabilizadas possíveis entradas como novos patrocínios, venda de jogadores etc., o que no final pode amortizar essa previsão de déficit.

Outra coisa que está gerando muito pano para a manga é a questão do comissionamento pelo fechamento do patrocínio da Vitton 44. Comissionamento para arrumar patrocínios é muito normal no futebol, em empresas e ONGs. Existem até profissionais para isso. Então qual é a celeuma? Queriam ficar pedindo esmola para arrumar patrocínio? Cobram profissionalismo e não querem remunerar por isso?

Se não for apresentado nada que indique sobre o orçamento estar mascarado, ou tendo coisas ilícitas na peça orçamentária para 2015, votarei pela aprovação do orçamento e peço que os conselheiros façam o mesmo.

3.

A Unimed só ao Fred deve 12 milhões.

A empresa está sobre intervenção da ANS.

Celso Barros perdeu a eleição para o Conselho Fiscal.

Será que ainda teremos conselheiro da oposição chorando a saída da Unimed na tribuna do conselho?

Epílogo

Quem ia acabar mesmo?

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @mvinicaldeira

Imagem: o dia

#SejasóciodoFlu