É sério que tem alguém surpreso com o Fluminense? (por Paulo-Roberto Andel)

Os dias passam, as rodadas passam e enquanto vemos e lemos bravatas em busca de reeleição, o Fluminense consegue apenas uma coisa: piorar.

Ainda que o elenco tricolor não seja a décima maravilha do mundo, cantada e decantada em hipérboles, certamente é o melhor das últimas seis ou sete temporadas. Então, o que acontece para que as atuações sejam sempre pífias, independentemente do resultado?

Não é difícil perceber que a montagem atual do Fluminense visa manter o máximo possível as presenças de Fred e Nenê em campo – este último então… Até recentemente, era consenso de que Fred ainda pode ajudar muito o Fluminense, desde que sua escalação e participação fossem dosadas. Por sua vez, o histórico camisa 9 não consegue jogar todas as partidas com excelência absoluta, algo normal, mas tem o time extremamente dependente dele. Já Nenê também pode ser útil, mas jamais intocável por ser “o rei dos garotos”, “o rei do vestiário” ou rei de qualquer outra coisa. E se arrasta em campo porque sua bola parada pode decidir… Daqui a pouco tem torcedor comemorando o ambiente do vestiário. Nenhum problema: tem gente que comemora quitação de folga de pagamento…

Por fim, há um problema crônico na lateral esquerda. É que além do vestiário, é preciso ter harmonia no escritório e aí o Fluminense não pode desagradar Eduardo Uram. Assim, invariavelmente temos em campo Egid19 ou Danilo Barcelos, dois dos pupilos do parceiro tricolor. Resultado: um a menos em campo.

Em função do pacote acima, o Fluminense invariavelmente coloca jogadores jovens não com a prioridade ofensiva, mas sim para cobrir fisicamente a marcação. De certa forma, parece uma analogia ao padrão fora de campo, quando a árvore frondosa de Xerém serve para súbitas negociações que sustentam os salários caros dos veteranos tricolores – e se você não acha caro, some por exemplo Egid19, DB, Hudson, Wellington, Lucca, Matheus Ferraz, Bobadilla, David Braz etc e tire suas conclusões com base no conjunto dos números naturais.

Mesmo com tudo isso, que acontece com muitos clubes e no Fluminense parece “apenas” pior, a campanha poderia ser menos desagradável em termos visuais. Hoje o Flu chega a ofender seu torcedor com o futebol apresentado. Qualquer equipe, das modestas do Carioquinha aos emergentes do Brasileirão, coloca o Tricolor nas cordas no segundo tempo. Qualquer equipe. Parece um time pequeno, uma equipe sem maiores pretensões esportivas. O pior é se achar que está tudo bem, que é normal. Sinceramente, diante deste cenário, é sério que tem alguém surpreso com o Fluminense?

A poucos meses de completar nove anos sem títulos expressivos, a maior seca de toda a sua história profissional, o clube precisa se reinventar. Estamos piores do que estávamos há três ou seis meses. Bem piores.

Falta um mês para o Tricolor jogar sua sorte na Libertadores e na Copa do Brasil. Se pretende avançar nas competições, o time vai precisar melhorar muito. Não temos uma triangulação, uma jogada ensaiada, uma saída em bloco, nada. Até aqui, a Era Roger entregou três partidas razoáveis para boas, vinte e tantas ruins mas toleradas pelos resultados e uma final vergonhosa do Estadual. Semanas atrás, utilizando esse mesmo argumento e com a certeza de que milhares de tricolores pensavam o mesmo, fui contestado por um colega que alegou que milhares de tricolores pensavam exatamente o contrário. Será mesmo? Será que para parte da torcida tricolor o trabalho de Roger é bom? Se você achar isso, escreva para mim por favor. Preciso compreender esse fenômeno.

No fim, as desculpas se repetem: falta de tempo para treinar (o quê?), viagens, cansaço, desgaste, várias competições simultâneas e tudo aquilo que qualquer time brasileiro precisa encarar, desde que se proponha a conquistar títulos – e deve, ou ao menos deveria ser o caso do Fluminense.

Se cabe um conselho, é melhor se preparar bem para encarar Cerro e Criciúma. Não tem mais bobo no futebol, a não ser quem acredita que péssimas atuações com eventuais bons resultados sejam o caminho seguro para qualquer grande conquista.

5 Comments

  1. Marcão como técnico é muito melhor além de ser uma solução barata e facilmente disponível!!!!

  2. Concordo com seu escrito ,no último jogo e mesmo o anterior eu prestei atenção que ojovem e ainda precisando de experiência, Henrique quando vem veloz pela lateral direita sempe chuta pro canto esquerdo ,tentando certo cruzar …..e lá tem quem???? Ninguém…..o time está cotó = lhe falta uma perna.Fora Roger como técnico!Exelente crônica Paulo Andel

  3. Concordo com seu escrito ,no último jogo e mesmo o anterior eu prestei atenção que ojovem e ainda precisando de experiência, Henrique quando vem veloz pela lateral direita sempe chuta pro canto esquerdo ,tentando certo cruzar …..e lá tem quem???? Ninguém…..o time está cotó = lhe falta uma perna.Fora Roger como técnico!

  4. Concordo com seu escrito ,no último jogo e mesmo o anterior eu prestei atenção que o jovem e ainda precisando de experiência, Henrique quando vem veloz pela lateral direita sempe chuta pro canto esquerdo ,tentando certo cruzar …..e lá tem quem???? Ninguém…..o time está cotó = lhe falta uma perna.

  5. EU NÃO CONSIGO MAIS ASSISTIR JOGOS DO FLUMINENSE.
    QUE COISA FEIA.
    ROGER COM TODA CERTEZA É UM DOS PIORES TÉCNICOS QUE JÁ PASSOU NO FLUMINENSE.

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