A escalação do Fluminense não apresentou nenhuma surpresa em relação ao que se especulou durante a semana. Walter, no ataque, para fazer companhia a Fred; Cícero e Marlon fora por contusão e Chiquinho na lateral esquerda. Por que não o Fernando?
A nota negativa ficou por conta de Carlinhos que, em função da sua saída no final do ano, vem demonstrando total falta de profissionalismo. Agora, uma conversa fiada de que teria tomado um remédio que contém elemento dopante. Espero uma punição rigorosa da diretoria: multa e afastamento do grupo.
Vamos para o jogo:
1º Tempo
Até os 10’, o Fluminense adotou uma postura extremamente ofensiva, marcando o Goiás no ataque. Foram minutos de total domínio, mas sem conseguir criar chances claras de gol. Fred, centralizado, e Walter saía da área para tentar as assistências ou chutes de média distância. Conca e Wagner juntaram-se a Chiquinho para explorar o lado direito da defesa esmeraldina. No entanto, o lateral falhou em todas as jogadas em que foi ao fundo. Cruzava sempre em cima de algum defensor.
Por volta dos 13’, a pressão diminuiu e o jogo ficou mais cadenciado. O Goiás, com a posse de bola, passou a rondar a área do Fluminense. Aos 20’, uma falha incrível de posicionamento, Chiquinho não acompanhou a linha de impedimento e o Goiás perdeu grande chance com Bruno Mineiro.
Aos 26’, num momento em que o jogo se desenvolvia pelo meio-campo, Conca, na entrada da área, descobriu Jean livre. O meia foi ao fundo e, em vez de bater na saída de Renan, rolou mansa para Fred, que só completou. 1 x 0. O gol mexeu com o time goiano, que acordou e partiu para o ataque. Aos 30’, nova falha de Chiquinho e o Goiás perde outra. Cavalieri salvou.
O Fluminense recuou e se posicionou para o contra-ataque. No entanto, não foram criadas as opções para a saída e o time ficou acuado. Gradativamente, a pressão do Goiás foi se tornando insuportável, a ponto de Cavalieri intervir várias vezes e, mesmo com o goleiro batido, aos 45’, Guilherme salvou, milagrosamente, em cima da linha.
Linha do tempo do primeiro tempo:
00’-10’: pressão total do Fluminense
10’-26’: jogo cadenciado, de meio-campo
26’: Gol do Fluminense
26’-35’: Goiás adiantou a marcação e empurrou o Fluminense para trás
35’-40’: Goiás tomou conta do jogo e o Fluminense foi para dentro de sua própria área
40’-46’: bombardeio terrestre e aéreo do Goiás e, por muito pouco, não aconteceu o empate
2º Tempo
O Goiás voltou com tudo. Previsto. Foram dez minutos de sufoco e o Fluminense, novamente, ficou sem saída de bola.
Aos 10’, Rafael Sóbis entrou no lugar de Walter, que era figura nula em campo. A pressão continuava, mas, pelo menos, o Fluminense conseguia sair de trás. Aos poucos, o jogo foi ficando lento e de meio-campo. Ora o Fluminense avançava, ora o Goiás chegava. Aos 20’, Cavalieri salvou mais uma vez numa bola cruzada.
Aos 26’, o Fluminense teve boa chance com Jean, que recebeu um passe de Fred, mas demorou para concluir e, quando bateu, a marcação estava em cima.
Ricardo Drubscky, percebendo que o Fluminense começava a demorar na recomposição defensiva, colocou Murilo e Tiago, jogadores velozes para, com Erik, explorarem possíveis buracos no time tricolor. Cristóvão, por sua vez, mandou Diguinho para o lugar de Jean, que reclamara de contusão. A substituição deu mais consistência ao meio-campo e melhorou o poder de marcação.
A parada continuava equilibrada, de meio-campo. Aos 32’, uma chance incrível: Wagner, sozinho na entrada da pequena área, recebeu cruzamento de Conca, mas bateu em cima da zaga. Seria gol certo.
O momento pedia um jogador de mais velocidade e gás também. Fred estava morto e Rafael Sóbis não estava acrescentando nada. Aos 40’, Kenedy foi para o lugar de Fred. Aos 44’, num contra-ataque, o garoto arrancou, mas demorou a passar pra o Sóbis, que corria soltou no meio. Ao chegar perto da área, rolou para Wagner, que viu a subida de Chiquinho e lhe passou. O lateral fez sua única jogada útil: foi ao fundo e tocou para o meio. Conca entrava e só desviou por baixo de Rena. 2×0. Ufa! Ufa! O jogo terminou com o Goiás na roda.
Linha do tempo do segundo tempo:
00’-10’: pressão forte do Goiás
10’-20’: domínio do Goiás, mas com o Fluminense saindo para o jogo
20’-30’: equilíbrio, com o time goiano tentando chegar ao gol de Cavalieri em velocidade
30’-40’: jogo de meio-campo
40’-44’: Conca, Wagner, Rafael Sóbis e Kenedy buscando o contra-ataque
44’: Gol do Fluminense
44’-50: Goiás na roda
Pós-jogo
Os dois gols saíram de forma parecida: alguém lançado dentro da área (Jean e Chiquinho) foi ao fundo e rolou para o complemento de quem estava no comando de ataque (Fred e Conca).
Da mesma forma que em 2013 e 2014, os laterais dificultam o time. Ofensivamente, não conseguem direcionar a bola para o lugar ideal para a conclusão e, também, não ajudam a aliviar a pressão com alternativas para a saída em velocidade, quando a bola é recuperada.
Essa linha de impedimento, muito utilizada ultimamente, é perigosa, principalmente, quando está longe de Cavalieri. Há que se ter em mente que os adversários veem todos os jogos dos outros e o Fluminense, com esse crescimento recente no campeonato, passará a ser observado bem de perto.
Panorama Tricolor
@PanoramaTri @MauroJacome
Imagem: helenida.com.br
Verdade o Fluminense será observado DEMAIS.
ST!!