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Já começam os sinais de fumaça para as contratações 2023 e, claro, o Fluminense não foge à regra. Nesta semana mesmo, um dos nomes ventilados ajuda a entender o modus operandi que tem levado o clube a dez anos de fracassos em títulos, com exceção do honroso Carioca 2022, além de um descalabro em suas contas que não se disfarça pelos números ressalvados nos balancetes, nem pelos discursos oficiais lisérgicos.
Surgiu nas nuvens de fumaça o nome de Jorge, lateral esquerdo. Um bom jogador, que tem experiência internacional e trajetória por grandes clubes brasileiros. Atualmente está na reserva do Palmeiras. Rumores dão conta de que seu salário gira na faixa de um milhão de reais por mês. E é aí que mora o grande perigo que já contamina o Fluminense há anos, a saber.
Reiterando: Jorge é um bom jogador. Ponto. E trata-se de mera especulação.
A questão é que um clube combalido em dívidas não deveria sequer cogitar a contratação de um jogador que opere na faixa financeira de um milhão por mês, ainda mais porque dispõe em seu próprio elenco jovens jogadores com potencial para disputar a referida posição. O salário especulado cabe a jogadores extraclasse.
Há anos, o Fluminense tem uma situação problemática na lateral esquerda, desde que Carlinhos deixou o clube. Só para se ter ideia, por ali passaram nomes como Carleto, Bruno Lopes, Guilherme Alves, Giovanni, William Matheus, Orinho, Egídio, Marlon, Leo Pelé (este formado no clube), Danilo Barcelos, Pineida, Crisdasilva e Caiu Paulista, dentre outros.
Não há dúvidas que Jorge é um nome que poderia ajudar a preencher o eterno vazio da lateral esquerda, não fossem três questões. Primeiro, o seu salário altíssimo, tendo em vista que há em Xerém vários jogadores que podem suprir essa posição por um custo x benefício bem mais razoável. Segundo, a sua condição atual, tendo em vista que é reserva de outro grande clube. E, por fim, a terceira questão, que une Jorge a vários jogadores mencionados no parágrafo anterior, muitos fracassados no Fluminense: o vínculo profissional com o empresário Eduardo Uram.
Diz o presidente tricolor em tom professoral que todos os jogadores são contratados por meio de empresários. Uma obviedade que não diz nada para cérebros em plena atividade. Contudo, a sucessão de fracassos na lateral esquerda do Fluminense chama demais a atenção, quase todos com salários robustos e lucros a quem quer de direito.
Qual o sentido de repetir o erro ao se contratar um jogador para onde já temos atletas da base disponíveis, na ponta dos cascos para jogar? Recentemente, essa “orelhada” já foi feita por causa de Fábio, Wellington, Felipe Melo e William Bigode, fazendo com que a garotada tricolor perdesse oportunidades preciosas de efetivação e valorização. É lógico que o futebol de Jorge é bem superior ao dos veteranos aqui mencionados, mas nada justifica que o Fluminense gaste no mínimo 24 milhões em dois anos por um jogador reserva do Palmeiras.
O problema não está no nome nem no futebol de Jorge, mas sim no que uma possível contratação dessas significa em termos de custos, bem como de não aproveitamento de jogadores que estão há anos no Fluminense à espera de uma chance para jogar e se firmar, trazendo futuramente retornos esportivo e financeiro.
É um modus operandi que nos leva ao quase em termos de conquistas – quase o Brasileiro, quase a Copa do Brasil… – e que certamente nos deixa no buraco quando o assunto é dinheiro. Assim tem sido há uma década. Depois vêm as desculpas esfarrapadas pré-fabricadas: “Fizemos o que deu”, “O Flamengo tem muito mais dinheiro”, “Agora em vez de rebaixamento ficamos em quarto”, “Quem critica faz politicagem” e outras quinquilharias rasteiras que só enganam trouxas, como se o Fluminense fosse um coitadinho que não fatura centenas de milhões de reais a cada temporada.
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Para gente de alma pequena, a grande resposta é o trabalho.
Lucidez! É o que anda faltando por lá e que tem de sobra neste artigo. Empresta um pouco pra nossa administração, Paulo! ST!