Sobre Fluminense versus Grêmio (por CH Barros)

Conforme o que prometi na coluna anterior, hoje irei falar um pouco do jogo deste domingo, contra o Grêmio – se partida houver, já que diversas partidas foram adiadas e, claro, tudo é possível acontecer na situação atual.

Levando-se em consideração o que pesquisei e analisei, cheguei à conclusão de que o Fluminense, certamente, entrará com uma postura mais defensiva na Arena do Grêmio, uma vez que a velocidade é uma das maiores qualidades da equipe gremista – que possui vinte e sete gols na temporada – e que o Flu tem a segunda pior defesa dos times do Brasileirão até o momento. O fato de provavelmente estarmos com desfalques na defesa e a ida de Gilberto pode pesar. Sugiro que seja explorado os espaços que o Grêmio deixar para que possamos chegar ao gol. Cada chance será valiosa, portanto, oxalá que Evanílson e Marcos Paulo não nos decepcione, pondo em prática o que não foi feito na decisão versus o Flamengo. Mesmo sabendo que a então campanha gremista é superior à nossa, acredito na vitória neste domingo, contanto que joguemos com inteligência, sem deixar espaços e nem dar chances para contra-ataques. Como disse acima: a velocidade é a maior arma deles.


Com relação ao nosso retrospecto atual na Arena, veremos que não é dos piores: não perdemos lá há dois anos. Salvo ter eliminados eles na Copa do Brasil em 2015, os vencemos em duas ocasiões: em 2016, por 1 a 0; e ano passado, por 5 a 4, jogo no qual viramos de forma espetacular e foi um dos melhores de 2019 – sem falar que vínhamos de uma sequência sem vitórias, ainda na era Diniz. Porém, se formos contar desde a primeira peleja entre o Tricolor Carioca e o Gaúcho na Arena, veremos que eles levam vantagem. Apesar disso, sabemos que nosso clube sempre desafiou os números e a matemática e, daí, que ele pode tirar isso de letra.

Espero que, quando o time entrar em campo, tenham em mente que deverão fazer algo diferente nesta edição do Brasileirão. Queremos raça, atitude e, sobretudo, que a camisa tricolor seja honrada com dignidade. É preciso honrar a torcida também, que está exausta da mesma ladainha ano após ano. Não dá mais pra aturar briga contra o rebaixamento. E nem se contentar apenas com o G-10, ao contrário de alguns.

Afinal, se quisermos mesmo fazer com que a década não se resuma somente em 2010 e 2012, o marasmo nas Laranjeiras necessitará ser deixado de lado. E, independente de que isso aconteça ou não, os anos após as duas conquistas brasileiras precisarão servir de lição para que, daqui por diante, as coisas venham ser diferentes e que as futuras diretorias sejam mais conscientes. Isto é: nada de contratações equivocadas e pagar preço alto por jogadores que não são modelos de talento – bem como salários que extrapolem o que o Flu pode dispor. Só assim conseguiremos respirar um pouco no âmbito financeiro e ir sanando as tamanhas dívidas que temos. Repensar o fato de mandar todos os jogos do Maracanã e tratar com mais carinho a revitalização das Laranjeiras também é super válido.

Muita coisa carece ser mudada, dentro e fora de campo. Senão, a nossa existência daqui a trinta, quarenta anos poderá ser facilmente questionada. É duro, mas é a realidade, tristemente.

Resta-nos confiar na força da camisa, que pode fazer o Flu surpreender nos gramados – como tantas vezes – e além deles.

É nisso que boto fé.

Saudações tricolores.

Panorama Tricolor

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