Short Cuts (por Paulo-Roberto Andel)

NATHAN

Se vai dar certo ou não, só o tempo irá dizer. Agora, que fez excelente partida contra o Vitória, é fato. Ok, o adversário era fraco? Tudo bem, mas pereba não mostra sua falta de talento só contra times fortes. Um pouco de prudência não faz mal a ninguém, tanto para quem só vê flores quanto para quem só taca pedra (muitas vezes por encomenda).

A precipitação é uma desgraça. Antigamente queriam matar o Ayrton Beijinho. Rodou, voltou, agora é dos melhores do time. Quantas vezes não fomos cruéis por conta da nossa impaciência constante?

Nathan foi bem. Zagueiro por zagueiro, bem melhor do que o Henrique, que custou dez barões e agora está no Corinthians. A nossa parte é torcer, pois.

BOLÍVIA

Seria uma piada se não fosse absurdo.

O Fluminense em cima do laço, sem saber se realmente viajaria e essa vergonha chamada CONMEBOL em silêncio de finados. Agora chegaremos na hora da partida, no esquema “Bye bye Brasil”.

Houvesse mínimo bom senso, o adiamento seria certo; agora, quem disse que a cartolagem preza pelo bom senso?

As circunstâncias vão tornar o jogo muito mais difícil do que já seria normalmente. Que o time do Fluminense mostre todo o empenho das últimas atuações, porque vai precisar. Doutro lado do continente, cá estamos com nossos pensamentos elevados.

BRASILEIRÃO

Também merece uma análise prudente. Contudo, é inegável que o desempenho inicial do Flu supera todas as expectativas. Isso não atenua as deficiências da equipe, mas põe em xeque os militantes do êxtase da derrota.

Perdemos na bobeira para o Corinthians, vencemos o Cruzeiro com muita garra, o empate contra o São Paulo era merecido bem antes do fim da partida e, se o Vitória é limitado, não é muito diferente de outros times do campeonato. Ficar do meio da tabela para cima é uma possibilidade sim. Resta manter a pegada pelo resto do primeiro turno, e não repetir os returnos de 2015 e 2017.

PEDRO

Tem habilidade, está marcando seus gols e se destacando no cenário brasileiro. Precisa manter a humildade e ser mais acionado, em vez de precisar buscar o jogo – ainda que saiba executar bons passes. E a torcida entender que não fará 34 gols nos 34 jogos do Brasileiro, porque é muito difícil, digo, tecnicamente impossível até para Pelé.

MUSEU TRICOLOR

Muito bacana a história do museu tricolor no hotel em Mato Grosso. Que o clube o apoie e valorize. O Fluminense precisa ser um aliado daqueles que o defendem e o enaltecem. A cultura oficial do clube é muito bacana, mas há um país inteiro a ser cativado e aplaudido.

LIVRO DO GONZALEZ

Você pode gostar dele ou não, concordar com ele ou não, mas é impossível ignorá-lo (ao contrário de 99% de seus detratores).

Polêmico, autêntico, com meio século de vida dentro do Fluminense, dos melhores aos piores momentos, referência das arquibancadas, Antonio Gonzalez lança seu primeiro livro no segundo semestre, intitulado “A verdade só tem uma cara”. Por diversos motivos, já pude ler os originais e garanto: embora focalizado em crônicas entre o fim de 2016 até agora, é também uma viagem no tempo em muitas coisas bacanas, passando por Castilho, Rivellino e muito mais. Imperdível.

O prefácio é do professor Luiz Alberto Couceiro (“Pagar o quê?”), prócer deste PANORAMA. O prefácio, daqui do escriba.

Orgulho é pouco para definir.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @pauloandel

#JuntosPeloFlu

Imagem: rap