Sem tempo para lamentar (por Paulo Rocha)

A derrota na glacial Curitiba serviu como alerta: o Fluminense, embora faça campanha digna, não tem elenco para disputar, de igual para igual, as primeiras posições da tabela do Campeonato Brasileiro. Time titular até temos, na conta do chá. Um ou outro suplente de bom nível. Mas o desgaste gerado pela temporada expõe as fraquezas daqueles que não dispõem de orçamentos milionários.

A lesão de Marcos Junior, logo no início, foi vital para que perdêssemos não só o jogo, mas o ímpeto. Abel, desta vez, errou. Deveria ter colocado Pablo Dyego ou Matheus Alessandro, nunca Robinho. Nosso treinador tem crédito, sou seu fã, mas essa derrota, ou melhor, essa mexida errada, entra na conta dele.

Não há tempo, porém, para lamentar. Teremos agora nada menos que um Fla-Flu, em Brasília. Sinceramente? Prefiro chegar neste jogo desacreditado pela opinião pública (leia-se mídia). Se fôssemos para o clássico como vice-líderes, minha vivência diz que tomaríamos um sacode. Seria um oba-oba do cacete. Que entremos em campo cientes das nossas limitações. E com sede de obter a reabilitação.

Agora, nunca é demais lembrar: perdemos um jogo no qual fomos muito mal, mas devido a um erro do árbitro – a bola não entrou no segundo gol do Paraná. Ou seja, mesmo atuando abaixo do nível, não foi fácil nos derrotar. O espírito guerreiro não pode desaparecer jamais. Isso é o mais importante.

Que entremos no Fla-Flu de cabeça erguida. Sem medo deles. O futebol é o único esporte no qual o time que perdeu para o lanterna pode, no jogo seguinte, derrotar o líder. Garanto que eles preferiam que tivéssemos vencido o Paraná. Agora, não sabem mais o que terão pela frente. Nunca tivemos medo deles. E que continue assim.

Fora isso, que chegue logo o recesso da Copa do Mundo. Será vital para nós em todos os sentidos, seja para recuperar lesionados, treinar, contratar… essa parada virá em ótima hora. Quando tudo recomeçar, teremos, além do Brasileirão, que nos preocupar também com os uruguaios do Defensor. Vamos que vamos. Saudações Tricolores.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri

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1 Comments

  1. Bom dia, Paulo. Uma derrota prá um time como o Paraná que não ganha de ninguém, mas de ninguém, terá um lamento eterno e cruel. E, pior, ficará por isso mesmo. Como sempre. Porque à exceção de nosso técnico, tricolor como poucos, ficará tudo como sempre. Ninguém nem aí prá nada. Há muito o Fluminense se perdeu na incompetência da gestão. Cobrança se faz com competência e na moral. Abraços.

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