Dias de folga e dias de treino sem pressão e nem holofotes. O que serve de receita ideal para treinador e elenco se renovarem e se conhecerem, também serve para criar a obrigação de uma boa apresentação. Hoje o torcedor pode até aceitar um empate, uma vez que do outro lado está o São Paulo, mas nunca um jogo ruim. Nunca um time desentrosado que erre passes, posicionamento e finalizações. Também não serão tolerados erros nas substituições e derrota nem pensar.
Diante da situação favorável, o próprio Eduardo Baptista que o Fluminense está perto do ideal e deve escalar o time da seguinte forma: Diego Cavalieri; Higor Leite, Gum, Marlon, Breno Lopes, Jean, Cícero, Gustavo Scarpa, Gerson, Marcos Junior e Fred. Já Vinícius e Edson, nomes polêmicos nas redes sociais tricolores, apesar de não figurarem entre os titulares, estarão à disposição no banco.
Agora seguem meus dois tostões sobre as escolhas do nosso técnico.
Descontando aquele desastre contra o Santos, a fase do Cavalieri era excelente. Dele só podemos esperar uma continuidade de toda aquela concentração em campo.
Atualmente, nossa melhor zaga atual é composta por Gum e Marlon. O guerreiro parece ter afastado as fracas atuações recentes, enquanto nosso jovem zagueiro, quando não peca por excesso de confiança, faz brilhar os olhos de quem aprecia um belo futebol. O problema é que Marlon jogou 90 minutos com a Seleção Olímpica na segunda-feira. Sua real condição de jogo será avaliada hoje. Sem ele em campo, teremos fortíssimas emoções.
Breno Lopes, uma vez, acertou belo cruzamento para o gol de cabeça do Marcos Júnior contra o Coritiba. A torcida se empolgou com o lateral de futebol duvidável. Infelizmente, o duvidável se tornou certo. Certo de que ele não serve para o Fluminense. Sem outra opção de lateral, seria melhor colher novo fruto de Xerém.
Higor Leite tem muito futebol. Tenho a certeza de que formará com Scarpa e Robert um trio criativo-ofensivo capaz de fazer tremer qualquer adversário em um futuro próximo. Mas, assim como aconteceu com o já citado Scarpa, cabe a ele, agora, tapar buraco na lateral e comprovar seu valor. Ainda assim, eu ficaria mais feliz ao vê-lo no banco, com Jean na posição e Edson como volante.
Gerson, com menos pressão nos ombros, passou a render melhor. Mas ainda falta sangue naquelas veias. Não acredito que já seja o momento do retorno do Vinícius, porém é justamente do Gérson a posição que ele deve buscar. Uma oportunidade bem ou mal aproveitada pode definir quem termina o ano como titular.
Já na frente, não há erro. Nossa melhor dupla é Marcos Júnior e Fred. Com o tempo para descanso e para aprimoramento físico os dois têm que voar em campo. Jogadas de velocidade e rápido deslocamento devem ser exploradas, deixando o velho chuveirinho e lado.
Parte da torcida está apenas na contabilidade que nos livra do rebaixamento e na espera pelo jogo da próxima quarta contra o Palmeiras, pela Copa do Brasil. É hora do Fluminense voltar a fazer cada um de seus torcedores ficar na expectativa e na ansiedade por todos os seus jogos. Sem desculpas. As condições foram dadas.
Nos acréscimos
Enquanto isso, o Vasco da Gama pede à CBF que mande seu jogo contra nós no Engenhão. Sem a opção levar o jogo para São Januário e sem razão na briga pela arquibancada sul, Eurico segue suas bravatas. Neste mês, o “Clássico dos Gigantes” completou 65 anos de Maracanã. Espero que essa história repleta de jogos inesquecíveis não seja ignorada mais uma vez por conta de “pequenezas”.
Falando em pequenezas, e o Carioca, hein?
ST!
Panorama Tricolor
@PanoramaTri @Rods_C
Imagem: Rods / Erica Matos