Cristóvão Borges mandou a campo o time com uma mudança: Jean na lateral-direita em vez de Bruno. Ninguém mais aguenta o Bruno. Walter foi mantido como titular no ataque, ao lado de Fred, e Chiquinho deixou, mais uma vez, Carlinhos no banco.
1º Tempo
Somente após os 10’, o Fluminense avançou. Antes, analisou a postura do Atlético e, quando percebeu que o time paranaense iria esperar em seu campo para explorar o contra-ataque, Jean, Edson, Chiquinho, Conca e Wagner ocuparam a intermediária adversária. Muita troca de passes para aguardar a movimentação de Fred e de Walter ou a subida dos laterais.
Na primeira jogada de perigo, Fred tentou de bicicleta. Foi uma linda conclusão, mas a bola foi para fora. A torcida se animou. Pouco depois, Guilherme Mattis bobeou e Delatorre cabeceou para linda defesa de Cavalieri. Esse e outros lances mostraram que a defesa tricolor precisa trabalhar melhor o posicionamento.
Aos 18’, Walter buscou jogo no meio-campo, viu Jean do outro lado e lançou-o. O lateral cruzou na cabeça de Fred, mas a bola foi em cima de Weverton, que tocou para escanteio. Até os 30’, o Fluminense dominou completamente os espaços. Finalizou várias vezes. Foram sete conclusões contra uma do Atlético-PR na primeira meia hora. No entanto, o gol não saiu e as coisas foram ficando mais difíceis. O Atlético passou a marcar a saída de bola, o Fluminense ficou preso no seu próprio campo e a defesa deu espaços nas jogadas aéreas. Nas poucas vezes que atacou, Fred saiu muito da área e Walter, mais centralizado, tinha dificuldades para achar espaço e realizar suas assistências, ainda mais para concluir.
Até o fim da primeira etapa, de bom, uma arrancada de Conca, que finalizou à direita de Weverton, e um chute de longe de Wagner, que passou perto, à esquerda.
2º Tempo
O time de Cristóvão Borges voltou do intervalo com Carlinhos. Ufa! Depois daquele cruzamento do Chiquinho, que deu a vitória contra o Santos, outra jogada certa somente daqui a cem partidas. E na primeira jogada de Carlinhos, o lateral foi ao fundo, em velocidade, e, pelo alto, deu um belo passe na cabeça de Wagner. A bola foi do lado oposto de Weverton, que só olhou. Flu 1 x 0. Ótimo! Antes que as coisas pudessem se complicar de vez.
Nos 10’ minutos seguintes, o Fluminense procurou o segundo gol. Saiu com velocidade de seu campo, mas, em nenhum lance, conseguiu levar perigo. Aos poucos, os espaços foram aparecendo para o Atlético-PR. O rubro-negro aproveitou e encurralou o tricolor.
Wagner virara secretário do Carlinhos para ajudar na marcação de Marcelo. Edson estava pregado à frente da zaga. Conca não conseguia reter a bola, nem organizar os contra-ataques. O perigo rondava o gol de Cavalieri, mas o goleiro do Fluminense não fez nenhuma grande intervenção. A pressão durou até cerca dos 30’. O Atlético-PR deu uma trégua e o Fluminense conseguiu respirar, sair do sufoco e teve um pouco de posse de bola. No entanto, faltou finalização.
Como o segundo gol não veio e o jogo já se encaminhava para o fim, o Fluminense recuou de vez e chamou o Atlético-PR. A torcida sentiu o momento difícil e, sem mais ninguém para entrar, pois Cristóvão já tinha feito as três substituições, resolveu colocar o seu grito em campo para tentar levar a vitória para casa.
Aos 42’, o Fluminense deu o ar da graça no ataque: Walter recebeu dentro da área, rolou para o meio e bateu de curva. A bola, caprichosamente, raspou a trave e saiu.
Aos 45’, subiu a placa do quarto árbitro: 5’ de acréscimo. Louco! Cinco minutos? Teve a contusão do Valência e as substituições, mas ninguém dá tanto tempo por causa disso. Que isso!? Brincadeira…
Pronto. Não faltava mais nada para o mau humor se incorporar: aos 46’, numa bola cruzada, Bruno deixou Cleberson entrar livre a cabecear para o fundo das redes. 1 x 1. É duro aguentar esse Bruno. O Cristóvão é brincadeira. Colocar o Bruno! Esse Bruno não dá!
O juiz deu 5’ de acréscimo? Perfeito, afinal, teve a contusão do Valência e as substituições. O árbitro cumpriu a regra. Parabéns! Ainda dava tempo…
Aos 47’, Bruno foi ao fundo e cruzou para o meio. O zagueiro furou, Fred ajeitou e bateu. Delírio tricolor. Flu 2 x 1. O Cristóvão teve muita visão: colocou Bruno no momento certo. Bela assistência do lateral para o artilheiro do Fluminense.
Mas ainda faltavam 3 minutos. O juiz deu 5’ de acréscimo! Sem noção. Por que tudo isso? Ninguém dá 5’. Esse juiz queria prejudicar o Fluminense.
Interessante: os dois cruzamentos que resultaram nos gols foram de Carlinhos e Bruno, que entraram no segundo tempo. Cristóvão: homem de visão. Ou de sorte.
E terminaram os intermináveis 5 minutos do absurdo acréscimo do maluco do árbitro. Ufa! Ufa!
A verdade é que, novamente, os acréscimos salvaram o Fluminense. E a saga rumo ao G4 continua…
Panorama Tricolor
@PanoramaTri @MauroJacome
Imagem: esportelem.blogspot.com.br
Ao nosso querido amigo Claudio Kote, toda a força do mundo.
Parte V
A única variável negativa que posso adicionar ao feito matemático acredito que seria o aumento de cabelos brancos seguido de suas quedas. Grande abraço e ST4.
Parte IV
Existindo a possibilidade matemática existirá em maior ou menor grau a probabilidade do feito. Inexistindo a possibilidade matemática automaticamente inexiste toda e qualquer probabilidade por menor que seja. Se um tempo tem 45 min e a regra permite prorrogações evidentemente que ele fazendo parte do jogo existem as possibilidades.
Parte III
Até por que 99% de posse de bola, “trocentas bolas na trave” e bolas que batem na trave, no traseiro do goleiro, novamente na trave e saiam à linha de fundo não rendem 0,25 ponto na tabela de classificação de um campeonato. Existe somente e logicamente a possibilidade matemática.
Parte II
E se a partida tivesse regularmente 60min e o gol saísse aos 65min seria um assombro? Ao contrário de muitos místicos (difícil inexistir no futebol, parece até que faz parte do folclore) O Sobrenatural de Almeida que o diga. Kkkkkkkk . Não creio em sorte, azar, dedos cruzados, rezas, pensamento positivo e muito menos merecimento.
Parte I
Caro amigo Mauro Jácome. Embora o tom de paródia e galhofa do seu texto tenha que ser levado em consideração com relação ao gols “no apagar da vela” tenho uma opinião um pouco diferente. Como cético afirmo. Que a situação retratada nada mais é do que simples e pura coincidência. Se o tempo regulamentar de uma partida tivesse 30 min, e com os descontos o gol saísse aos 37 seria considerado um ponto fora da curva?
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Foi a volta do Time de Guerreiros, Mauro?