Amigos, amigas, um jogo cheio de nuances na Vila Belmiro. O Fluminense foi superior ao Santos durante quase todo o jogo, inclusive após uma substituição ousada, quando Martinelli entrou no lugar de Lucas Claro. Abrimos mão de um zagueiro para fortalecer nosso modelo de jogo. E funcionou!
Mas vamos voltar ao começo do jogo. O Fluminense tomou conta da posse de bola de forma progressiva, demorou para criar as oportunidades, mas as criou em quantidade suficiente para sair vencedor na primeira etapa. Ao contrário disso, o Santos, em um de seus dois lances de perigo, ambos de bola parada, marcou o gol da vitória parcial.
Apesar da superioridade na primeira etapa, o Fluminense não praticou seu melhor futebol, faltando aquelas aproximações construtivas em setores determinados do campo. Isso veio a acontecer no segundo tempo, já com a entrada de Martinelli no lugar de Lucas Claro, que provocou alguma fragilidade em nosso setor defensivo, mas transformou nossas ações ofensivas.
Os gols, ao contrário do que manda a regra, saíram de lances inusitados. Matheus Martins sofreu pênalti infantil, que Ganso cobrou de forma magistral. Logo em seguida, viramos com um lance de bola longa, em que Cano conseguiu amortecer a bola, que pegou Árias em condição espetacular de arremate para fazer um belo gol.
Ainda que não se pudesse subestimar o Santos, eram menos de 15 minutos para o final, e tudo indicava uma vitória do Fluminense, que, inclusive, parecia muito perto do terceiro gol. As substituições feitas pela comissão técnica não fizeram, no entanto, qualquer sentido. Esse é o meu entendimento.
Saíram Ganso, cansado, e Árias, entrando David Duarte e Wellington. O jogo, que era nosso, com o Santos pronto para ser finalizado, virou contra nós. Com tantas preocupações defensivas, conseguimos sofrer o gol de empate em contra-ataque. Dessa vez as substituições erradas cumpriram seu papel de nos furtar a vitória.
Apesar disso, é bom que se diga, o Fluminense não deixou de ser ameaçador no ataque. Coube a Caio Paulista sofrer dois pênaltis não marcados pela arbitragem. O primeiro pode ser discutível, o segundo não. Jogamos melhor e deixamos de vencer por nossos erros, mas isso não tira o (de) mérito da arbitragem, que nos atropelou como um trem desgovernado no final, da mesma forma que foi feito com Caio Paulista.
Teremos agora duas semanas cheias de treino e mais dois jogos decisivos. Precisamos vencer ou vencer o Cuiabá no domingo. No outro fim de semana, temos que vencer o difícil Inter no Beira Rio, torcendo por tropeços do Palmeiras, que nos coloquem em condições de fazer o duelo direto no dia 28 de agosto com chances de, pelo menos, encostar no nosso principal rival pelo título brasileiro.
Só espero que a avacalhação não vire regra, embora, em se tratando de Brasil, infelizmente, isso seja quase que um procedimento.
Saudações Tricolores!