A estrofe inicial dos versos da canção do Jobim “Eis aqui este sambinha feito de uma nota só” me faz pensar na forma como o time do Fluminense está jogando: uma jogada apenas, e de bola parada, para tentar fazer gol.
Como essa jogada dá chance à defesa de se posicionar, nem sempre redunda em gol.
E quando acontece raramente se repete em uma mesma partida.
Sem outra jogada de qualidade, ficamos sem alternativas e sofremos sufoco contra qualquer tipo de adversário, forte ou fraco, dentro ou fora de casa.
A “conseqüência inevitável” é que o Flu vai levando o campeonato de gol em gol, na esperança de vencer partidas por 1 x 0.
Nessa toada corre o risco de ver o ano acabar na forma de outro verso da canção: “Já me utilizei de toda a escala e no final não sobrou nada, não deu em nada”.
O Luxa vai ter muito trabalho para tirar o vício de vitórias magras que parece ter se incorporado no time, do hábito de recuar ou renunciar ao ataque quando faz 1×0 e de não jogar em cima do adversário para fazer placares elásticos, com sobras para eventuais acidentes de percursos, como gols nos últimos minutos ou oriundos de falhas de marcação, erros de passe, etc., que se tornaram tão comuns.
Espero que o time não esteja em decadência e gostaria muito de ver o Flu jogando de novo como time forte, decidido, convincente e temido.
Ainda espero assistir o Flu na Libertadores de 2014.
Enquanto isso, vou assistindo aos jogos do brasileirão com uma latinha de cerveja do lado para relaxar e não sofrer muito.
Panorama Tricolor
@PanoramaTri
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