A data: 30 de Março de 2014.
O local: Rio de Janeiro, Estádio Mario Filho.
Horário: aproximadamente 18:00 h.
O cenário: Após mais uma partida melancólica, o Fluminense perdia de 1 x 0 para o Vasco e dava adeus ao Campeonato Carioca.
Naquele exato momento, nem eu, nem você, e nem o mais otimista e lunático torcedor do Tricolor poderia imaginar que iríamos chegar ao fim da 9ª rodada do Brasileirão na vice-liderança. Não mesmo.
Muito pelo contrário, nossa preocupação era na verdade não cair. O que víamos dentro de campo era um bando. Um time sem nenhum padrão tático que tinha como únicas alternativas os chutões e cruzamentos aleatórios. E nós, pensávamos com muito medo: “Será que vamos repetir 1997?” É muita humilhação para uma torcida só.
Analisando este cenário, julgo que o saldo neste quase 1/3 de campeonato foi extremamente positivo. Nem vou ficar aqui novamente elogiando descrevendo os méritos do Cristovão neste processo. É chover no molhado. Fiz uma pequena análise dos jogos e gostaria de dividir com meus amigos leitores. Vamos a ela:
-Figueirense, Palmeiras, Flamengo e São Paulo: Ganhamos os jogos com autoridade, impondo nosso modo de jogar quase que o jogo todo. Vitórias convincentes.
-Vitória: O jogo mais injusto. Perdemos merecendo ganhar.
-Grêmio e Atlético-MG: Mesmo não repetindo as atuações anteriores, não merecíamos perder tais jogos. O empate seria mais justo.
-Bahia: Pela primeira vez jogamos mal. Dominamos os 20 primeiros minutos, fizemos o gol, depois caímos bastante. Num campeonato tão longo quando esse, isso é totalmente aceitável.
-Inter: Jogo muito equilibrado. Vejo a superioridade do nosso adversário no segundo tempo, muito mais como mérito do Abel (que conhece nosso time de olho fechado) e soube anular nosso jogo, do que demérito nosso. Além disso, D’Alessandro estava inspiradíssimo e fez a diferença. Empate foi bom e justo.
Existem outros pontos a serem destacados nessa primeira parte de Brasileirão. O primeiro deles é o Wagner. Como está jogando o nosso camisa 10! O time sentiu muito a sua falta nesses dois últimos jogos. Marca, cria, dá velocidade e opção o tempo todo. Além do mais, facilita o trabalho do Conca, pois o adversário tem mais alguém para se preocupar. Para mim, foi a grande surpresa positiva desta primeira parte.
Outros pontos importantes que valem ser mencionados são as atuações destacadas de dois jogadores muito contestados pela torcida, Gum e Diguinho. O primeiro vem atuando de forma segura e madura. Já o nosso volante playboy, embora ainda cometa algumas falhas na saída de bola, é um leão no meio campo. Não se esconde do jogo um só instante.
Como nem tudo são flores, vejo como aspectos negativos esse goleiro projeto de FH (invenção do “Profexô”), e as atuações dos nossos laterais, principalmente o Carlinhos (de quem se espera mais). Não sei se andam prometendo muito coisa pra ele, como contratos com grandes clubes europeus, mas o fato é que nosso lateral esquerdo anda com a cabeça no mundo da lua (mais do que o normal dele). A falta de reservas para estas posições me preocupa.
As chegadas dos três possíveis reforços (Nem, Henrique e Cícero) me deixam bem esperançoso de que lutaremos lá no topo até o fim. Vejo o Cícero atuando não na vaga do Wagner, mas sim na do Jean, jogando como 2º volante, vindo de trás, melhorando não só a saída de bola, mas fundamentalmente nosso jogo aéreo.
Finalizando minha análise, vejo o Cruzeiro como o time a ser batido neste campeonato. Além do elenco forte, o time já tem uma maneira de jogar e está recuperando a confiança perdida após um começo de ano instável. A Raposa está a um patamar acima de todos os rivais.
Outros pitacos:
Esse Oba-Oba da seleção da me lembrando 2006. Fecha a po%$a do treino, Felipão.
Muito bom o vídeo do Fred, Marcelo e Thiago Silva desejando boa sorte pra gente. Esse é o nosso capitão.
Quis o destino que Flamengo e Portuguesa chegassem à pausa para a Copa na mesma posição em suas divisões, 19º. A conta vai chegar, rapaziada…
Panorama Tricolor
@PanoramaTri