Cinco jogos, quatro derrotas e um empate no momento decisivo do campeonato, numa briga para ficar em sexto. Eu disse: em sexto”. E a culpa é daquele gol perdido, passe errado, falha defensiva, de um lance numa partida de 90 minutos de atuação reticente.
O dono das decisões de quem vai para o jogo ou não, quem entrará e sairá durante a partida, o dono da decisão de proposta e filosofia, postura e encaixe de um time é Levir Culpi. Noutro momento, do Eduardo Baptista, Enderson Moreira, Cristóvão, Renato Gaúcho, Abel…
Entre eles, uma coisa comum em regra: o lote de atuações de um time sem audácia, sem intensidade, sem sal. É assim o Fluminense em campo desde 2013. É assim há três anos. Elenco? Já teve melhor. Lembra o de 2013? Fomos salvos pelo gongo, ou melhor, pelo Flamengo, que foi salvo pela Lusa. Além disso, vemos outros clubes com elencos do mesmo nível ou até em nível bem menor jogando com dignidade, com sal.
Entre ele, outra coisa em comum: contratações absurdas, especialmente para um clube que tem uma renomada e elogiada divisão de base, onde jogadores como Lucas Gomes e Rhayner tiveram mais chances no time de cima e tempo de jogo do que jovens promissores do clube, que são emprestados ou renegados mesmo. Montagem de elenco capenga, manco. Mais um ano assim.
E o discurso foi e é de gestão profissional. Cada vez que ouço sobre profissionalização no futebol no Fluminense, eu tremo. Rodrigo Caetano simbolizava isso. Foi uma lástima. Fernando Simone era o “profissa” de Xerém que ganhava uma promoção. Isso para não citar o vascaíno Jackson Vasconcelos como consultor administrativo do presidente tricolor.
Conheço os erros e absurdos de Levir e dos últimos treinadores, com trabalhos bem medianos, exceto o Dorival Jr. no fim de 2013, que fez um time morto voltar a jogar bem e vencer e o início promisso do atual comandante.
Conheço a falta de conhecimento mínimo em futebol do presidente Peter e suas péssimas escolhas para o departamento de futebol, mas até minimizo parte da sua culpa, já que conheço os meios e processos matemáticos de modelo de inteligência, conceitos, enfim, uso de dados coletados por programas de computador, que ainda patinam, são rasos, para justificar mediocridades, resultados, escalações, dispensas e contratações. É o chamado scout.
Conhecemos os erros dos técnicos e de quem perde aquele gol, fura aquela bola, mas não conhecemos quem faz o relatório de análise de jogo, que meios usam, porque não é possível, só para dar um exemplo simples, sacar do time no segundo tempo em todo jogo o Welington, o driblador, o cara do contra-ataque, numa segunda etapa quando justamente se abrem os espaços, para por em campo Marquinho ou Marcos Jr.
Aí, Peter passa a ter culpa porque mudou de técnicos, de jogadores, mas não modificou ou melhorou os homens que têm feito um trabalho de scout e AJ (análise de jogo) da pior espécie. Os erros e absurdos desse núcleo que ganhou status de CIA nos clubes não aparecem. Aliás, aparecem nos pés de jogadores ridículos, relâmpagos ou até mesmo invisíveis, como Rojas e Aquino. Os autores desses estudos e relatórios, aureados de profissionais, não são expostos.
Eu gostaria que o Fluminense melhorasse esse setor imediatamente. Caso contrário, teremos mais do mesmo: um time com elenco manco e futebol sem sal.
Toques rápidos:
– Vai escalar três volantes de novo contra o Cruzeiro? Não acredito no Fluminense com esse meio-campo. Pierre (suspenso), Douglas e Cícero só não comprometeriam se o ataque fosse Messi, Suárez e Neymar ou a defesa fosse Lahm, Baresi, Nesta e Maldini. Num time normal e brasileiro, a lentidão, má marcação e nenhuma criatividade para apoiar um ataque de jovens, mais uma defesa com zaga “idosa” e laterais que não marcam? Fica difícil até conseguir o sexto lugar.
– Confirmada a saída de Levir do Fluminense e comprovadaa as suas mãos de Pôncio Pilatos. Mas ele não é o mal maior…
– Lave as mãos, Levir. Entenderei. Mas, então, por que não ousar agora então?! Ouse, classifique o Fluzão e nos mande… ops… “beijinho no ombro”.
Panorama Tricolor
@PanoramaTri @CrysBrunoFlu
Imagem: cb
O sonho virou pesadelo.
Dá-lhe Marcão.
ST
Como diria o samba da Mocidade, sonhar não custa nada, ou quase nada.
Mas vai que….
ST
Pessoal, segundo parágrafo é filosofia. E no quinto parágrafo, promissor.
Desculpe a minha falha. Ou melhor, falhas. rs
ST