O Dia do Orgulho LGBTQIA+ é comemorado em 28 de junho. O motivo é porque neste mesmo dia, no ano de 1969, policiais prenderam e agrediram funcionários mais clientes no Stonewall, um bar da comunidade em Nova York. A arbitrariedade gerou reação imediata da população, que se revoltou e protestou contra a polícia, o ataque ao Stonewall se tornou um marco para o movimento.
Vinte e cinco anos depois, em 1994, o caso de Stonewall ganhou grande visibilidade no Brasil por intermédio de Renato Russo, vocalista da Legião Urbana e um dos maiores poetas do BRock desde os anos 1980. O artista lançou o álbum “The Stonewall Celebration Concert”, inspirado por outro grande artista, Nick Drake. Além de homenagear Stonewall, o disco teve parte de seus royalties doada à campanha Ação da Cidadania contra a Fome, a Miséria e pela Vida, criada por Herbert de Souza – o Betinho -, vitimado pela AIDS em 1997.
Além de homenagear John Lennon, a capa do álbum traz uma foto de Renato Russo na porta do prédio onde morava, na Rua Nascimento Silva. O número do edifício foi removido durante o tratamento da imagem para preservar a privacidade do artista. O final do encarte do álbum traz informações sobre entidades sociais de proteção às crianças e mulheres, à natureza, aos homossexuais e portadores do HIV.
Coube a Renato Russo, torcedor do Fluminense, a popularização de Stonewall no Brasil como forma de combate a preconceitos e exclusões. Renato faleceu em 1996. Vinte e seis anos depois de sua morte, a luta pelo respeito aos direitos da população LGBTQIA+ é não somente uma realidade permanente, mas também uma necessidade que todos, sem exceção, devemos defender.
O respeito à diversidade e orientação sexual é pauta obrigatória no processo de cidadania.