Não dá mais para Roger Machado ser técnico do Fluminense. É difícil afirmar isso numa semana em que temos uma decisão pela frente, já que um técnico novo não teria tempo de mexer em muita coisa.

O problema é que a realidade de hoje é a de um trabalho totalmente falido e acabado, que não irá a lugar algum.

Há alguns meses escrevi aqui, em minha coluna no PANORAMA, um texto em que disse que o Fluminense não evoluía. É triste voltar para analisá-lo e perceber que os problemas lá citados continuam: o Fluminense não evolui.

É impossível defender o trabalho de Roger, qualquer um que assista aos jogos de sua equipe percebe suas limitações. Com seis meses de treinamentos, é inaceitável a falta de organização tática dessa equipe.

Não dá pra reclamar de falta de tempo e muito menos de falta de qualidade técnica de seus jogadores.

O elenco do Fluminense não é brilhante, mas é, dentro da pobre realidade do futebol brasileiro, um dos mais recheados de diferentes opções e características de jogo.

Alguns simples testes que Roger poderia ter realizado e ainda pode, pena que não vai.

A formação de um tripé de meio de campo com André, Yago e Martinelli. Resolveria a questão da inconstância de nossos meias e daria mais possibilidades para a retenção da bola por parte da equipe.

Mesmo no desenho atual, não usar Fred e um dos meias que tem baixa intensidade juntos, coisa que num esquema defensivo claramente não faz sentido

E algo que vai além de desenhos táticos: jogar pra frente. É claro que nem sempre é viável ter mais posse contra qualquer adversário, mas o Fluminense nessa temporada é um dos times que têm menor posse de bola mesmo no Campeonato Brasileiro. Se o Fortaleza de Vojvoda consegue porque o Flu com Fred, Nino, Biel, Martinelli e etc não?

Agora é torcer para que Roger prove que estou errado, finalmente colocando em prática mudanças e gerando esperança de um futuro melhor nessa temporada. Isso porque nem se fala em sua demissão, numa diretoria que a melhor jogada de escolha de comando técnico até hoje foi a efetivação do auxiliar por duas vezes. Que eu esteja errado.