Hoje Roberto Rivellino completa 70 anos.

Outro dia mesmo, ele era o melhor jogador do país quando Pelé encerrou a carreira.

Campeão do mundo pela Seleção, escorraçado no Corinthians, ele foi a estrela Vega da Máquina Tricolor montada pelo presidente Francisco Horta, no começo de 1975. Estreou num Maracanã lotado em pleno sábado de Carnaval, num amistoso contra seu ex-clube: marcou três gols e comandou a goleada por 4 a 1.

Rivellino não foi apenas um dos maiores jogadores da história do Fluminense – e, para muitos, seu maior camisa 10 de todos os tempos. Ele representou o momento em que o Fluminense foi mais badalado, respeitado e admirado no mundo. Os convites para amistosos no exterior eram permanentes, o Flu deitava e rolava no campeonato carioca – o mais importante do país – e só não foi bicampeão brasileiro por detalhes, o que não o impediu de ser tão lembrado ou até mais do que seus rivais vitoriosos, o Inter 1975 e o Corinthians 1976.

Torcer pelo Fluminense era viver amor e arte. A cada jogo, a certeza de grandes jogadas e o talento insuperável, tanto fazia se num grande clássico ou numa partidinha de campo pequeno – não é à toa que a Máquina detém a melhor média de público anual da história do clube. Numa multidão de supercraques, uma Seleção Brasileira inteira vestida com as três cores, Rivellino era o maior de todos naquele time dos sonhos, recheado de feras campeãs do mundo.

Mais de 40 anos depois, a Máquina é uma paixão eterna dos tricolores. Um exército de talento onde Rivellino era o Marechal. Quando ele e a turma vieram, o Tricolor já era campeão do mundo, detentor da Taça Olímpica e colonizador do futebol brasileiro; no entanto, foi a partir de 1975 que o Fluminense deixou de ser um time mundial para se tornar patrimônio da galáxia.

Para os roqueiros, Rivellino ao lado de Paulo Cézar Caju, Carlos Alberto Torres, Edinho, Rodrigues Neto e outros nomes é como colocar na mesma banda David Gilmour, Eric Clapton, Jimmy Page e Jimi Hendrix. Só.

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Panorama Tricolor

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