Cansa!
E cansada está a torcida do Fluminense. Antes que qualquer outra coisa, perdoem-me pelo trocadilho com o dito popular que encontramos no nosso hino. Mas essa é a verdade: a torcida está cansada. E como poderiam reagir de forma diferente os tricolores diante de jogos, como bem disse meu amigo Catalano em seu texto de ontem, que não levam a lugar algum? Empate, empate, vitória. Empate, empate, derrota. Tudo estagnado. Saber o que esse time pode fazer quando quer mostrar serviço só piora a situação.
Eu já não me sinto no direito de sequer pedir que os demais torcedores apareçam nos estádios para apoiar o Flu. Obviamente, longe de querer que fiquem em casa, mas como cobrar uma atitude que o time não tem? Durante a gravação do último Programa Panorama Tricolor e também durante a transmissão do Papo de Arquiba, foi comentado que os 15 mil fanáticos de sempre, já devem ter diminuído para 10 mil.
No próximo sábado contra o Criciúma, se bobear, não chegaremos nem à metade disso e eu nem tô colocando a questão dos “modinhas” na história. Falo daqueles que costumam ir aos jogos, mas que na atual situação, perderam a vontade de trocar o programa em família ou a saída com os amigos pela ida ao Maracanã.
“Nas situações de rotina, um ‘pó-de-arroz’ pode ficar em casa abanando-se com a Revista do Rádio. Mas quando o Fluminense precisa de número, acontece o suave milagre: os tricolores vivos, doentes e mortos aparecem. Os vivos saem de suas casas, os doentes de suas camas e os mortos de suas tumbas.”
Assim disse Nelson Rodrigues. Assim provamos, levando em conta a história recente, em 1999, em 2008 e em 2009, principalmente. Quando o Fluminense precisou e mostrou que merecia, nós estivemos lá. Hoje estamos em nossa pior colocação alcançada neste Brasileirão, o oitavo lugar. Na frieza dos números isso é ruim? Não. Mas, como já sabemos, os números e a matemática têm pouco a ver com o futebol. O problema é a falta de atitude, a falta de vontade, a postura blasé ou, como preferirem, a indiferença. Os tais jogos que não levam a lugar algum.
Mudança é a palavra de ordem em volta das Laranjeiras. Nosso técnico, Cristóvão Borges, em sua última coletiva disse que elas vão acontecer. Ok, mas o que ele chama de mudanças? Colocar Carlinhos na esquerda? Escalar o Valência? Espero que não.
Alguns jogadores do elenco sabem que não estão nos planos tricolores para 2015 e não são espertos o suficiente para fazer uma boa vitrine. Preferem ver o tempo passar e tocar a bola de lado. Pois, se é assim, deixemos eles de lado. Gulherme Mattis, Fernando, Edson, Rafinha, Gérson, Robert e mesmo o limitado Biro Biro, entre outros estão ali esperando sua chance. São essas as mudanças que a torcida espera e uma semana de treino é suficiente para colocá-las em prática.
Se a mesmice e a repetição não funcionam, por que não arriscar? Ou é isso ou é esperar pela primeira rodada da Taça Guanabara sentado, para evitar a fadiga…
ST!
Panorama Tricolor
@PanoramaTri @Rods_C
Foto: Google Images
A mudança é Walter!! Agora sim!
Conseguem imaginar um técnico mais burro que esse? Difícil…