(ainda) Quarta-feira

Erramos duas bolas no meio de campo que custaram os três pontos e a queda da primeira para a quarta colocação na tabela.

Discordo um pouco do que li que o Flu jogou mal. Não por que o time não tenha efetivamente jogado mal, mas por que também não vínhamos jogando bem na maioria das outras partidas. Como nas outras oportunidades vencemos, ninguém se lembrou de citar que o time jogou mal, ou, pelo menos, não jogou bem.

Outro ponto é que o Volta Redonda é o melhor dos pequenos, a própria tabela confirma essa condição. Portanto, o time enfrentou o adversário mais difícil até aqui.

Não quero dizer com isso que não tínhamos a obrigação de vencer. Evidente que sempre que um grande enfrenta um clube de menor investimento tem sim a responsabilidade e a obrigação de vencer.

O jogo de quarta serviu para algumas confirmações: a primeira e mais evidente delas é que o time ainda precisa evoluir muito para almejar alguma coisa esse ano. E não poderia ser diferente, dado que é apenas o quinto jogo do ano para um time que foi reformulado em mais da metade (se contarmos as ausências forçadas na zaga por contusões).

A segunda constatação é que conviveremos com problemas na defesa ainda por um bom tempo. Imagino que até que Gum e Marlon sejam liberados pelo DM. Marlon, por exemplo, só volta daqui a uns 40 dias. Para se ter ideia do tamanho do problema do setor, dos seis zagueiros disponíveis, somente três tinham condição física de jogo na última quarta.

Não gostei da postura de Cristóvão antes e nem durante o jogo. Antes do jogo, porque resolveu arriscar a escalação do fraquíssimo João Felipe. Já que o atual titular da zaga ao lado do Henrique, Guilherme Mattis, machucou-se em um treinamento da semana, o mais natural seria a entrada do já testado Victor Oliveira, que não foi mal nas vezes em que atuou.

Espero que essa seja a primeira e última vez que o tal de João Felipe seja escalado. Não precisamos aturar um novo Fabrício no time.

Durante o jogo não gostei da opção do Cristóvão pela entrada do Walter. Aliás, sobre esse jogador, não concordo com a postura da diretoria. O que o clube espera desse rapaz? Que ele emagreça e renda nas partidas? Então que isso seja cobrado dele. Porque o que tenho visto até aqui é a entrada de um jogador totalmente fora de condições de jogo e tem sido uma nulidade. Se o clube não vai conseguir fazê-lo ser útil à equipe, que ceda o jogador a Grêmio ou Goiás, clubes que têm interesse no atacante e já apresentaram propostas.

Domingo

Temos um jogo importante pela frente. Nossa situação na tabela não é confortável. Só não é mais preocupante porque o Vasco conseguiu não vencer o Barra Mansa jogando em São Januário.

Como disse Cristóvão, vencer é fundamental. Gostei dessa postura do treinador.

Temos vários problemas na zaga e as prováveis ausências de Edson e Wagner.

Não obstante o erro grave na saída de bola que gerou o primeiro gol do Volta Redonda na quarta-feira, Edson vem sendo um dos melhores da equipe. Se não jogar vai fazer muita falta. O problema fica exacerbado pela provável entrada do fraco Rafinha. Esse é um dos setores carentes de peça de reposição do elenco.

Wagner tem sido substituído pelo jovem Robert. O garoto tem talento é deve se firmar no time, mas ainda não pode assumir a responsabilidade de ser o único condutor da equipe. Como Marlone tem tido atuação muito abaixo da esperada, Robert está sendo sobrecarregado na função de criação. Gostaria de ver a volta de Wagner no lugar do Marlone, para dar um maior suporte ao jovem. Mas parece que para domingo isso ainda não acontecerá.

Salvo engano ou alguma surpresa, a escalação para o primeiro clássico do ano deverá ser: Cavalieri; Wellington Silva, Henrique, Victor Oliveira e Giovanni; Rafinha (Edson), Jean, Robert e Marlone (Wagner); Lucas Gomes e Fred.

Teoricamente nosso time entra em campo desfalcado de Renato, Gum, Marlon, Edson e Wagner, mas, ainda assim, creio que dá para ganhar do atual time do Vasco.

Panorama Tricolor

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Imagem: www.lancenet.com.br

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