Quarenta anos depois daquelas bandeiras rasgadas… UNIDOS POR UM FLU FORTE! (por Antonio Gonzalez)

 

gonzalez green 2017

Este ano completam-se 40 anos (tenho 55) que vesti pela primeira vez a camisa de uma Torcida Organizada do nosso Fluminense…

“Flurioso”… meses depois, “Torcida do Fluminense” (que nasceu da união da “Avante Flu”, da “Ilha Flu” e da “Flurioso”.

Em menos de um ano, a Fôrça Flu… Ali, deixei a minha adolescência, aprendi a ser jovem, me forjei como HOMEM.

Com 19 anos, no final de 1980, quase sem barba na cara, destemido assumi a presidência daquela que viria a ser a maior Fôrça Flu de todos os tempos, com o Cássio Miranda Neto e o Francisco José Lyrio, o Zezé, como artilheiros que sempre estiveram ao meu lado…

Engana-se aquele que pensar que vou falar daqueles anos maravilhosos, onde aquela Fôrça Flu, das bandeiras rasgadas, venenosa, mudou o curso da história, sendo amplamente responsável e participativa na vida do clube e na resistência da nossa essência, o futebol, vide 1980, 1983, 1984 e 1985 (apesar dos falsos contadores de historinhas que inventam melodramas que nunca existiram previamente).

Amigos, neste domingo, 22/01, estive presente em Vila Isabel numa reunião aberta da Bravo 52, que na realidade se chama Bravo Ano de 1952…

E posso afirmar que (estavam presentes umas 25 pessoas) me vi refletido naqueles jovens em mais de um momento.

O meu pensamento é o seguinte:

A torcida do Fluminense precisa se reinventar, se adaptar aos novos tempos…

De que adianta termos cinco, sete ou 10 grupos, entre organizadas e movimentos populares, se nos falta a UNIDADE?

Penso que é hora de dar um grande passo à frente, sem desrespeitar aqueles nomes sagrados que, em 2020, chegarão ao meio século de vida, mas é preciso reconhecer que os tempos mudaram nesses 40 anos… Vivemos a era da comunicação digital, um verdadeiro Big Brother, onde as redes sociais ditam em questão de minutos que qualquer atitude tomada dê a volta ao mundo como um flash.

O que eu posso transmitir a eles?

Que, como Conselheiro que sou, me coloco à disposição de todos os movimentos existentes para ajudar-lhes no que esteja ao meu alcance.

Sugiro que o clube os ajude com respaldo jurídico… O GEPE – que enquanto Força de Ordem é excelente – não pode ser determinante nas situações que possamos desejar viver nas arquibancadas… Tipo: por que só liberam 50 quilos de talco?

Quem dá o direito à Policia Militar a dizer como devemos expressar a nossa senha de identidade maior, que é o talco?

Isso tem que ser resolvido através do um diálogo com a indispensável sustentação jurídica do clube…

Não venho aqui pedir defesa para brigões ou para problemas de pista…

Mas é minha obrigação defender a festa nas arquibancadas…

E na nossa cultura, A NOSSA RAIZ, ninguém pode mexer ou limitar.

Por isso, digo aos mais jovens:

Unam-se!

Não cruzem o caminho de ninguém, mas não deixem que ninguém cruze o caminho do Fluminense…

Amanhã à bola vai rolar. É o nosso dever comparecermos a Juiz de Fora… se não gostamos do que acontecer, reclamemos… sempre com inteligência…

Mas para quem viveu o início dos anos 1980, 1983 e 1995, épocas de caos financeiro e futebolístico, este 2017 dá pinta que esse time vai dar liga. Ao menos esta é a minha impressão.

Quem puder, que compareça a Juiz de Fora. Eu estarei lá.

No mais, 40 anos depois, lembrei daquela música:

“Era um garoto que como eu, amava os Beatles e os Rolling Stones… no peito um coração não há, mas duas medalhas sim”…

Até Breve… UNIDOS POR UM FLU FORTE!

(Dedicado aos meus brothers Paulo-Roberto Andel e Luiz Popó Alberto. Couceiro)

Panorama Tricolor

@PanoramaTri

Imagem: agon

gonzalez tricolor 2017

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