A parada é clara… Fomos garfados contra o Botafogo para posteriormente sermos assaltados contra o Goiás. Foram arbitragens lamentáveis e nefastas, que mudaram os resultados das partidas – sem lugar à dúvida.
Isso é uma coisa; a outra é que a realidade é clara e, com a escalação do nosso time contra a equipe de REGATAS do bairro em que eu nasci, o Fluminense abriu mão de saída da disputa da Taça Rio. Por outro lado, a soberba de ter encontrado pela frente um dos piores times do Goiás de todos os tempos nos levou a cometer erros bobos, aliados à má conduta do soprador de apito, só que em escala… juiz não dá pênalti sobre o Dourado, Cavalieri é expulso… Abel substitui precipitadamente… o time recua… frango do Julio Cesar… pênalti contra inexistente.
Não é justo, na minha humilde opinião, ser cego em relação ao placar final dessas duas partidas, apesar das nossas “noias” que transformam belos pais de família, donos de carreiras profissionais impolutas, em corneteiros padrão cinco estrelas, que têm brilho inferior a pisca-pisca para árvore de Natal comprada no terceiro corredor, quinta à direita, de qualquer camelódromo hispano-brasileiro.
Reclamar que os goleiros estão fracos, que a zaga é isso ou aquilo, que o Leo é fraco (eu vejo nele um jogador com um potencial bastante positivo), que precisamos de um 9, que o Pedro é cabaço, que não sabem o que fazem o Osvaldo, o Pierre, o Marquinhos, ainda no Fluminense (fácil: pergunta lá no Posto Ipiranga, certamente você em todas essas contratações encontrará as tintas das canetas do Mario Bittencourt e/ou do Peter Siemsen)… tudo isso pode.
Mas não esqueça: O FLUMINENSE FOI ROUBADO!
E eu vou além: O FLUMINENSE FOI ROUBADO e os Tricolores FICARAM CALADOS.
Eu pensei que fosse acordar nessa manhã de segunda-feira e ver TODOS os blogs e blogueiros Tricolores (com as mãos em alto) repudiando as arbitragens passadas e alertando que esta semana teremos dois jogos de muito risco. Contra o Goiás e contra o Clube de REGATAS Vasco da GAMA.
Vamos por partes… A priori, o jogo contra a equipe goiana parece fácil, mas qualquer empate é deles. Prevejo um jogo com muita catimba, parado, muitas faltas, cera nervosa… Ou seja, o Fluminense necessita de um árbitro com pulso. Se assim for, dificilmente a vitória escapará.
Quanto aos cruzmaltinos, mesmo sabendo que o Eurico de hoje é fumaça do que foi na década de 1990, ainda continua sendo o Eurico Miranda… que é amigo do Rubinho… sabedor que é que, apesar do Campeonato Estadual ter perdido a essência, a fórmula e o charme, o título de Tricampeão Carioca ainda é imponente.
Portanto, senhores da gestão comandada pelo Presidente Pedro Abad: OLHOS BEM ABERTOS.
Todos sabemos o carinho que o externo emana sobre e para o Fluminense. Diante disso, OLHOS BEM ABERTOS.
Portanto, cabe à nossa torcida comparecer em massa ao Maracanã (ou ao que dele restou), fazer a nossa festa, de preferência com muito talco, e ser o 12º jogador da equipe Tricolor.
Falando em gestão Presidente Pedro Abad, que está cumprindo quatro meses à frente do clube, todo mundo sabe a minha postura, apoiador convicto, daqueles que não tem medo de dar a cara.
Mas nem por isso, deixo de falar sobre o que vejo e como vejo. E para que a máquina fique devidamente ajeitada é preciso alguns toques de minha parte:
• Profissionalismo e profissionais, sim! Desde que com salários compatíveis com a função e com uma empresa que, por enquanto, tem um horizonte de no máximo 200 milhões de reais de arrecadação, alinhavada a um agressivo plano de metas. O único cuidado que se tem que ter é na vacância de algum lado do poder, o mesmo seja ocupado e/ou armazenado por algum funcionário. Jackson Vasconcelos cumpriu o papel no Fluminense que lhe permitiram e todos sabemos no que deu;
• A área Patrimonial do clube tem que ser gerida com o “olhar do dono” e isso infelizmente ainda não acontece. Não existe mais espaço para o “Fluminense dos puxadinhos”, do “levanta uma parede ali, coloca uma mesa aqui e ‘habemus’ sala”. Ora, senhores, que a Comissão Patrimonial do Conselho Deliberativo comece a se reunir e tome as cartas no assunto. Penso (e falo somente de Álvaro Chaves, 41) que certos tipos de obras que estão acontecendo não deveriam ser prioridades, antes das coisas básicas. A troca do piso externo das piscinas do Parque Aquático, deveria seguir outros contextos e outras normas. Ou pensamos o clube para o futuro traçando o desenho necessário para que chegue moderno a 2.050, para que os netos destas últimas gerações encontrem pela frente o Fluminense que eu encontrei em 1968, quando ali pisei por primeira vez, enquanto instalações sociais e desportivas;
• Existe uma chiadeira por parte de algumas lideranças das arquibancadas e falo das organizadas. Parece que a linguagem falada com eles, por quem de direito, não foi bem digerida. Na minha opinião, sem arquibancada única, a situação será irreversível… isso de que A se junta com B e espera o carinho de C para que lá na frente D, E, F, G, H, I e J venham se chegar, pode a princípio fazer volume, mas não cria raiz. Castelos de areia podem até ser bonitos, podem emanar a máxima beleza que o momento possa exigir… mas continuarão a ser castelos de areia que jamais resistirão a um vendaval, maremoto ou tsunami. Qualquer padronização vinda de cima para baixo será de difícil digestão. E nisso,eu estou muito à vontade – apesar do meu passado de Força Flu: não visto nenhuma camisa de qualquer organizada do Fluminense. Mas jamais renegarei que a minha origem é a arquibancada e sempre falarei o que sinto;
• Tem algumas coisas que faço na minha vida, que para nada busco refletores, microfones… menos ainda usar de FANFARRONICE. Sou SOLIDÁRIO por foi assim que os meus pais me ensinaram, desde pequeno, nos primeiros flashes do meu ser, aquilo de “repartir o pão”. Mas por outro lado, o que eu não posso permitir é que chegue o buliçoso de turno e tome para si os louros que não pertencem a ninguém por ter sido uma ação solidária, menos ainda a quem, no intramuros das Laranjeiras, vem colocando medalhas no peito. Infelizmente falo pelo o que aconteceu com o torcedor Cristiano Calil, recentemente falecido. Já passava da meia-noite do sábado 25 para o domingo 26, quando fui procurado pela Tricolor Gisele Amaral, me contando a história do Cristiano, a sua situação médica (sem nenhuma perspectiva além de no máximo duas semanas) e de que ele gostaria de receber um vídeo do Gustavo Scarpa, a quem ele idolatrava. No mesmo instante enviei um Whatsapp para o Vice Presidente de Marketing do Fluminense, Idel Halfen, para a CEO do clube, Roberta Fernandes e para a Assessora Política, Carina Ceroy, pedindo ajuda para o caso. Imediatamente os dois primeiros entraram em contato comigo, falei da urgência do tempo e, a bem da verdade, o Idel foi claro ao falar que não queria dar publicidade ao assunto, mas que é óbvio que algo iria ser feito. Com isso, se existem responsáveis pelo fato de que o Fluminense, Institucionalmente, fez uma visita ao Tricolor que estava hospitalizado, essas pessoas se chamam Idel Halfen, Roberta Fernandes e Antonio Gonzalez. Vejam que eu fiquei calado esse tempo todo, mas era preciso que a mensagem chegasse aos ouvidos do finório em questão. Que conste, o Fluminense levou oficialmente camisas autografadas e um livro. Na noite anterior à visita, graças ao bom e solidário Nilton Petrone, o nosso Filé, chegou através da minha pessoa, às mãos da família, um vídeo gravado numa cidade do interior de São Paulo, pelo Gustavo Scarpa. Missão dada, missão cumprida. Mas esse tipo de compromisso deve ficar na encolha. Ao contrário de ser usado como bijuteria vagabunda, como se atuação fosse merecedora de qualquer premiação. Fica a dica, assim é SER FLUMINENSE;
• O Fluminense necessita de forma urgente de um Vice Presidente Social que esteja à altura do que a área necessita;
• Ouvi falar, na linha do supostamente que o Fluminense teria a intenção de contratar a sua equipe de voleibol feminino, a Michele (uma das gêmeas) que na atualidade está no Praia Clube. Seria sensacional, desde que a equipe tenha o suficiente respaldo financeiro, vindo de patrocinadores. A suposta cifra ronda, por 10 meses, os 400 mil reais. Com dinheiro de patrocínio é um GOLAÇO… mas sem ele, continua sendo a pescadinha que morde o rabo;
• O bom aqui no Panorama é a liberdade que eu tenho. Escrevo do jeito que o corpo me pede naquele momento e, de uma forma sempre transparente, sabedor que ter trilhado o caminho de uma terceira via política, não me permite fechar os olhos. É sabido que a “Operação Águas Claras”, nome dado pela Polícia Federal ao escândalo ocorrido na CBDA, com os supostos desvios em cima de R$ 40 milhões repassados pelo governo brasileiro à entidade. Para surpresa de todos (e não estou aqui para crucificar ninguém) o funcionário Ricardo de Moura, Supervisor de Esportes Aquáticos do Fluminense e também superintendente executivo da CBDA, foi detido e é um dos principais acusados num esquema em que envolvia empresas de marketing e agências de viagem. O Fluminense deveria dar um passo a frente, muito maior do que a bucólica nota de imprensa divulgada. Desde já, mantendo a premissa da inocência do citado cidadão, eu faria uma devassa em todos os papéis que foram assinados por esse funcionário, contratado em 2.010, enquanto representante do Fluminense. Sendo assim, sugiro que o Conselho Fiscal do Fluminense levante se nesses quase sete anos, alguma nota fiscal dessas empresas tenha passado pelo clube e com que assinaturas: Natação Comércio de Artigos Esportivos Ltda, Competitor Comércio de Produtos para Piscinas Esportivas Ltda, Agência Roxy de Turismo Ltda, F2 – Viagens e Turismo Ltda, Locarno Comercio e Indústria Ltda, Big Mídia Eireli, Vox Sports Marketing e Entretenimento Ltda. Todas as citadas fazem parte dos autos (CLIQUE AQUI). Acredito que nada será encontrado, mas convém estar um passo pela frente, sempre;
• Sobre a nova assessoria de imprensa do clube, cuidado em não cometer e repetir antigos vícios;
• Sobre a prestação de contas, espero que venha muito bem documentada e encaminhada pelo Conselho Fiscal. No meu caso, eu não votarei na gestão passada e sim na aprovação das contas de 2.016, simples assim.
Sendo assim, reitero o meu caminhar junto à gestão do Presidente Pedro Abad, mas não abrindo mão da minha essência crítica: enaltecer o correto e avisar das possíveis falhas.
Mas a verdade é uma só, a galera só se importa com o futebol (eu também já fui assim). Mas é preciso pensar o clube como um todo.
Sei dos compromissos que assumi na campanha passada e de quanto vale a MINHA PALAVRA. Apesar de que para alguns, pelo visto, isto não se reconhece. O fato é que eu continuo entrando no Fluminense de cabeça em pé, nunca me escondi de nada.
Nesta quarta-feira, todos no Maracanã!
Vencer ou Vencer, sempre! É obrigação!
Termino, deixando a pergunta… de acordo com a minha postura “quem quer manter a ordem, quem quer criar desordem”?…
E falando nisso… que merda que transformaram este país! A ressaca premiada pelos ladrões de todas as cores, de todas as raças e religiões. E daí? Devolvem parte… PARTE?!…
Um viva para as tornozeleiras de turno!
Bandido bom continua usando colarinho branco!
Em memória do Tricolor Miguel Ayoub Zahkour, precocemente assassinado aos 19 anos.
Falando em assassinato: por que os agressores do Scudi ainda não foram presos? Será que existem outros interesses por detrás dos agressores?
Chega de hipocrisia… fica a dica!
Panorama Tricolor
>@PanoramaTri
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