Precisa-se de guerreiros (por Paulo Rocha)

PAULO ROCHA

Nossa torcida segue acompanhando, apreensiva, a busca por reforços da diretoria tricolor. Necessitamos de jogadores de nível, experientes, capazes de assumirem responsabilidade e, acima de tudo, suar sangue vestindo a camisa do Fluminense. Ou seja, precisamos de guerreiros. E foi com satisfação que soube da volta de Marquinho às Laranjeiras. Aquele mesmo Marquinho que em 2009, com um chute forte de fora da área na batalha do Couto Pereira, nos fez acreditar que no futebol podem sim acontecer milagres.

Está longe de ser um prodígio? Está. Ficou mais velho? Óbvio. Mas, em tempos recentes, poucos vestiram com tanta fibra as três cores que tanto amamos. Pastoreou tanto as vacas magras quanto as gordas. Deu-se ao luxo de deixar o recém-chegado Deco no banco de reservas na campanha do título brasileiro de 2010, epopeia na qual coadjuvou Conca com extrema eficiência. Negociado à Roma, afirmou que um dia voltaria ao Fluminense, e voltou. Tenho certeza de que os tricolores vibraram com o seu retorno.

Pois é de jogadores como Marquinho, volto a dizer, que tanto precisamos. Guerreiros que saibam como honrar nossa camisa. Espero que sua contratação norteie os dirigentes neste sentido. Acima de tudo, que tragam guerreiros, pois o momento está distante, mas muito distante, de ser tranquilo.

Seguindo esta linha, digo a vocês que estou torcendo para que Dátolo seja contratado. Li uma entrevista do médico do Atlético na qual ele garantia que o problema do argentino não é tão grave assim. Além disso, ele quer vir para o Fluminense. Espero que os dirigentes tricolores convençam o Galo a liberá-lo, mesmo que por uma determinada quantia. Agora, os atleticanos dizerem que o Dátolo sofreu aliciamento, depois do “caso Fred”, é brincadeira, sô!

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Venho reforçar o apelo para que nossa torcida transforme Edson Passos em nosso caldeirão. Dos nossos próximos quatro jogos no Brasileirão, três serão lá (Cruzeiro, Ponte Preta e Figueirense). Se soubermos aproveitar o fator casa, poderemos sonhar com voos mais altos na competição. Ou pelo menos com uma participação digna num ano tão conturbado pela saída de um ídolo e pela perspectiva de uma eleição presidencial como nunca houve no clube.

Seria lindo ver o estádio envolto pela névoa de pó de arroz de nossa torcida. Espero que Levir Culpi e os jogadores façam a sua parte e retribuam o carinho que lhes será ofertado. No mínimo jogando com raça, lutando pela bola como se ela fosse um prato de comida e vibrando a cada jogada. Sim, pois foi esse o Fluminense que aprendemos a amar.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri

Imagem: paro